Conheça um pouco da história da virada do Ano Novo em Copacabana. Os shows começaram em 1992 com Jorge Benjor e Tim Maia para evitar os gargalos causados com o número de pessoas saindo a mesma hora.
Fato interessante, na época o então prefeito Cesar Maia foi criticado por ter colocados os shows, porque estaria descaracterizando o réveillon de Copacabana… imagine se ele tivesse ouvido estes críticos, hoje o Réveillon carioca não seria um dos maiores do mundo, deixando os hotéis lotado.
Leia a história e a crítica ao atual planejamento da Prefeitura feitas no ex-blog de 31 de Dezembro de 2010:
SHOWS EM COPACABANA NO RÉVEILLON: A HISTÓRIA!
1. A avaliação do réveillon feita durante o ano de 1992, com público crescente na praia de Copacabana, apontou para o prefeito eleito os riscos do turbilhão de pessoas na saída logo após a queima de fogos. Assim, foi programado para a passagem do ano -1993-1994- shows na praia de Copacabana para reter o público. Nesse ano, Jorge Ben -por razões numerológicas- mudou o nome no réveillon para Jorge Benjor. Cantou também Tim Maia.
2. O sucesso foi duplo: a saída se deu de forma espaçada por 2 horas, sem o tumulto de antes. As críticas foram muitas, de que com isso o réveillon se descaracterizava, pois devia ser uma festa religiosa junto ao mar e de queima de fogos e nada mais. Os nomes dos críticos estavam entre os mais midiáticos intelectuais.
3. No ano seguinte o show de Rod Stewart bateu recordes de público e espaçou ainda mais a saída do réveillon por 3 horas. Finalmente, o Tributo a Tom Jobim -com Gal, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, Paulinho da Viola…- consolidou o réveillon com shows. Mas havia a necessidade de transformar a queima de fogos num espetáculo da mesma qualidade. A queima de fogos foi criada pelos empresários Ricardo Amaral e Mariu’s e, ao lado, a cascata do Méridien.
4. Dos 8 a 10 minutos anteriores, o tempo foi dobrado para 20 minutos e a qualidade e diversidade dos fogos também. Um problema técnico na queima de fogos de 2000, num último ano de governo, terminou por exigir o uso de balsas, o que passou a ocorrer no réveillon 2001-2002. Finalmente ocorreu o previsto: o réveillon passou a concorrer com o carnaval na ocupação da rede hoteleira e passou a ser um atrativo turístico, o que não era até 1992.
5. Em tempo: a confusão ocorrida no show do Roberto Carlos, este ano, foi apenas por não terem aberto as gavetas com o planejamento do show do Rolling Stones. Shows dessa importância têm planejamento inverso ao réveillon. Neles, o público chega horas antes do show e sai todo junto logo após. Não há necessidade de se fechar cedo a avenida, deve-se flexibilizar o estacionamento, e deve-se concentrar tudo nos corredores de escoamento do público, no final, com filas dos ônibus estacionados esperando o público, além do metrô.