No último dia 02/09, o prefeito Marcelo Crivella exonerou Roberto de Paula do cargo de subsecretário de Bem-Estar Animal, após duas servidoras (veterinárias) e uma estagiária da Prefeitura do Rio de Janeiro registrarem, na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher, ocorrências acusando Roberto de assédio sexual em diferentes ocasiões. Nesta segunda-feira, 21/09, uma dessas veterinárias foi exonerada. E de acordo com informações obtidas pelo DIÁRIO DO RIO, as outras duas também estão sendo ameaçadas de perder os cargos.
A veterinária que foi exonerada nesta segunda-feira disse que o motivo alegado para seu desligamento foi que ela “faltava demais”. No entanto, ela garante, tendo a folha de ponto como prova, que nunca deixou de ir trabalhar.
Ainda segundo informações levantadas pelo DIÁRIO, dois assessores, um veterinário e um protetor, para coagir as outras mulheres que não quiseram denunciar os assédios, vêm falando que estão preparando um dossiê para dizer que havia desvio de medicamentos.
Quando Roberto de Paula perdeu o cargo, Fabio Ferreira de Souza assumiu. No entanto, de acordo com as vitimas, a estrutura do gabinete ainda é composta pelas mesmas pessoas da época em que as denúncias de assédio foram feitas.
Os assédios teriam ocorrido, segundo as três vitimas, entre dezembro de 2018 a abril deste ano.
Nos depoimentos, foi dito que o ex-subsecretário tratata, publicamente, as mulheres de forma desrespeitosa, chamava-as de “minha namorada”, fazia convites intimidatórios, tocava-lhes sem permissão e chegou até a tentar beijar uma delas à força.
A precarização do vínculo nas relações de trabalho resulta nisso: abuso e crimes.
O que será que vem com o fim da estabilidade no funcionalismo público?
Os gestores e escolhidos para ocupar altos postos na Administração Pública irão praticar abusos e ilegalidades de todos os tipos.