Artistas criam podcasts inspirados em teatros que existiram no entorno da Praça Tiradentes

Podcast Teatro ao Redor destaca a importância da região para as artes cênicas do Brasil nos últimos dois séculos

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Foto: Divulgação

Os atores Alex Teixeira e Clarisse Zarvos, em uma conversa em um bar na Lapa, descobriram alguns interesses em comum, entre eles a curiosidade por lugares abandonados e um fascínio por causos do Rio de Janeiro. Depois da pergunta: “Já parou pra pensar na quantidade de teatros que existiam no Centro e que não fazemos ideia de onde ficavam?“, veio o mergulho intensivo em livros e sites antigos e assim nasceu o “Teatro ao Redor”.

O projeto Teatro ao Redor é um podcast com peças radiofônicas criadas pelos artistas a partir de registros, entrevistas e memórias sobre salas de espetáculo ao redor de praças. Na série de estreia, com cinco episódios, eles viajam no espaço e no tempo para contar a história de teatros da Praça Tiradentes. Entre o século XIX e os dias atuais, a região abrigou mais de 40 teatros. Do São Luiz ao Teatro Real São João, passando pelo Teatro Brazilian Garden, Moulin Rouge e o Teatro Maison Moderne, que abrigava peças, roda-gigante, tiro-ao alvo, balões, fotografia, bola ao cesto, pinball e até uma jaula com leões.

Descobrimos uma diversidade incrível de histórias sobre a cena brasileira nesses últimos dois séculos. Eu já sabia que o Centro da cidade tinha uma importante tradição teatral, não apenas ligada às salas de espetáculos, como também ao teatro de rua, mas depois que começamos a buscar essas memórias antigas e atuais, as narrativas foram se multiplicando”, comenta Clarisse Zarvos, que além de fazer parte do elenco de vozes, assina com Alex Teixeira o roteiro e a direção do podcast.

Os episódios influenciados por teatralidades do real, radio-drama e teatro épico tratam de temas como a origem da Praça Tiradentes, a demolição de salas de espetáculo, teatro de revista, os remanescentes teatros Carlos Gomes e João Caetano, cafés-concerto, salões de bilhar, incêndios de teatros, os teatros que viram cinema, e os cinemas que viram teatro, arte pública e performances que questionam as estátuas da praça.

Buscamos com essa proposta de teatro sonoro remediar a abstinência do palco e da rua em meio a quarentena, e ao mesmo tempo em que falamos do passado, percorremos estratégias para reinventar outros futuros no pós-pandemia”, destaca o ator Alex Teixeira.

O podcast Teatro ao Redor vai ao ar aos sábados, às 10h, através da plataforma Spotify.

Ficha Técnica:
Texto, direção e vozes: Alex Teixeira e Clarisse Zarvos
Edição de som: Clarisse Zarvos
Participação: Jane Di Castro
Design: Alessandra Teixeira
Realização: Teatro ao Redor, Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa do Rio de Janeiro e Fundo Estadual de Cultura

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2 COMENTÁRIOS

  1. Eu tenho um bisavô espanhol que teve um teatro no rio de janeiro porém não sei a data em expecífico nem lugar, mas foi no RJ, eu tenho a partir de uma data em diante, 6 de maio de 1913 que é a data que ele chegou aqui, tenho o nome também

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