Sementes desconhecidas vindas da China chegam ao Rio

Até o momento 24 pacotes de sementes foram recolhidos. Secretário Marcelo Queiroz, diz que sementes não devem ser manuseadas ou plantadas ou descartadas no lixo comum

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A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA), por meio da Defesa Agropecuária, recebeu, desde a semana passada, 4 notificações de pacotes desconhecidos com sementes vindas da China e entregues pelos correios. A pasta, que trabalha em parceria com o Ministério da Agricultura, orienta sobre o perigo de recebimento de sementes não solicitadas pelos destinatários.

A recomendação é para que os pacotes não sejam abertos e que casos suspeitos devem ser informados imediatamente aos canais oficiais dos órgãos estadual e federal. Os contatos para a comunicação são (21) 98164-2632 (whatsapp) / e-mail: gab-rj@agricultura.gov.br e (21) 3607-6035 (Defesa Agropecuária) / e-mail: sda@agricultura.rj.gov.br.

Quatro pacotes, contendo o material foram recolhidos na capital, 19 em Niterói, 1 em Cantagalo, na região serrana do estado. Até o momento 24 pacotes das sementes foram recolhidos.

Problema acontece no mundo todo, em julho 27 estados americanos também alertaram sobre os pacotes de semente chinesas. Lá a maioria das sementes era de lírio d´água, e de acordo com a polícia de Ohio, faz parte de um esquema, que vendedores de sites de compra, como E-Bay, Amazon, e similares, mandam produtos sem valor, como semente, mas declarando ser joias, brinquedos ou outro produto, para aumentar a visibilidade online. Depois eles submetem um review, no nome para qual foi enviado o produto, assim aumentando suas notas nestes sites. De acordo com matéria do New York Time, de 26 de julho de 2020.

Pacotes irão para análise em Goiás

Sementes desconhecidas vindas da China

As embalagens já foram recolhidas – a equipe da SEAPPA está a caminho da cidade de Resende – e enviados para análise, que será realizada em um laboratório do próprio Ministério da Agricultura, em Goiás. A princípio, até que se tenha informações relativas às análises das amostras recolhidas, o grande risco é a possibilidade real de introdução de espécies vegetais exóticas que possam promover algum tipo de desequilíbrio em um novo ambiente, ou ainda a introdução de pragas e doenças inexistentes no território brasileiro, podendo comprometer toda uma cadeia produtiva de inúmeras espécies vegetais, impactando também o meio ambiente.

As sementes não devem ser manuseadas, plantadas e descartadas no lixo comum. É preciso contatar o MAPA ou a Defesa Agropecuária estadual para realizarem o recolhimento do material e envio ao laboratório para análise. É fundamental estar atento aos possíveis riscos oferecidos, especialmente por materiais de propagação vegetal. Não podemos deixar que ameaças fitossanitárias prejudiquem a produção fluminense – afirmou o secretário de Agricultura, Marcelo Queiroz.

Segundo o superintendente de Defesa Agropecuária, Paulo Henrique Moraes, é importante a participação da sociedade nesse processo de vigilância sanitária.

Para auxiliar o nosso trabalho, é importante contarmos com a atenção da sociedade para esses riscos e a notificação em caso de suspeita de ameaças. Estaremos sempre divulgando notícias e orientações para produtores e consumidores, visando a garantia da sanidade vegetal no nosso estado – ressaltou o superintendente de Defesa Agropecuária.

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1 COMENTÁRIO

  1. Já era… Muita gente já teve contato, abriu, jogou fora no lixo, no vaso sanitário ou pela janela, ou, ainda, plantou, deu de comida para o passarinho etc.
    Num país sério, a Vigilância Sanitária estaria fazendo um pente fino nós portos e aeroportos, nas cargas vindas do exterior, de serviço de entregas ou mala de passageiros.
    Não duvido que sejam transgênicas logo se tornando espécies invasoras.

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