Nesta quarta-feira (04/11), policiais da 20ª DP (Vila Isabel) realizaram a Operação Houdini para cumprir 17 mandados de busca e apreensão contra uma organização criminosa suspeita de praticar diversos crimes em estações da Supervia. As investigações indicam que a quadrilha causou prejuízo de cerca de R$ 15 milhões por ano.
Os agentes identificaram o esquema criminoso após um intenso trabalho de inteligência. Os investigadores monitoraram a movimentação do grupo e descobriram que a quadrilha atua com hierarquia e divisão de tarefas, em que os bandidos eram conhecidos por codinomes.
Um deles é apontado como Mágico, um especialista em tecnologia e responsável por ‘quebrar’ a matriz ou chave de segurança dos cartões da Supervia, recarregar por meio de programa de clonagem e repassar para a revenda. A organização também contava com os chamados olheiros, que vigiavam a presença de policiais e dos seguranças das estações para evitar abordagens.
Já os ‘cavalos’ eram responsáveis por comprar os cartões nas bilheterias das estações e entregá-los aos ‘gerentes’, que recebiam os cartões comprados e entregavam para o Mágico que, por sua vez, ‘quebrava’ a matriz, clonava os cartões da Supervia e devolvia aos ‘gerentes’ que, em seguida, entregavam aos ‘cavalos’ para a revenda nas estações, produzindo uma espécie de ciranda do crime.
Os integrantes da quadrilha foram identificados, e as investigações continuam para verificar a participação de outros suspeitos, inclusive, em possível envolvimento com a milícia. Os acusados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, estelionato e descaminho, cujas penas podem chegar a 18 anos de prisão.
