Nesta quarta-feira (11/11), durante campanha nos bairros da Taquara, em Jacarepaguá, Bangu e Campo Grande, na Zona Oeste do Rio, a candidata do PSOL à Prefeitura do Rio, Renata Souza falou sobre existirem moradores de rua dentro das favelas cariocas.
“O nosso país sob a tutela do bolsonarismo e da incompetência do Crivella chegou a tal ponto que temos moradores de rua dentro das favelas cariocas. É mais uma mostra da incapacidade desses governos reacionários”, afirmou a candidata.
Ela assegurou que reverterá o quadro com a construção de 100 mil casas e a oferta de forma gratuita ou com aluguéis a preços acessíveis. Para tanto, criará a Imobiliária Carioca, com a qual a prefeitura atuará diretamente no mercado imobiliário para interferir no valor dos imóveis.
“O que temos hoje é absurdo, as pessoas não têm onde morar e as famílias vivem em condições precárias”, afirma.
A candidata diz que sua meta é ousada e possível somente por meio de um modelo verdadeiramente popular. A prefeitura primeiro vai construir as casas. Depois, conforme a necessidade e o público, as dará a quem não tiver condições e estiver em situação de rua. Ao mesmo tempo, venderá ou alugará a preço acessível, bem abaixo do mercado, a quem tem alguma condição. Dessa forma, esse valor ajudará a financiar e expandir o programa.
A previsão de Renata Souza é gerar 142.800 empregos, dos quais 57.300 diretos e 85.500 indiretos. Metade dessas habitações, 50 mil, será ofertada no Centro do Rio. O Programa Porto Moradia vai transformar a região do centro e a zona portuária, que hoje se encontra “abandonada e cheia de elefantes brancos”, como diz a candidata, em uma área residencial com “vida urbana pulsante”.
Aos moradores com os quais conversou, explicou que pretende usar o estoque de imóveis públicos com potencial de renovação do município.
“Os imóveis públicos vazios e subutilizados serão reconvertidos para fins de moradia por meio de programas de locação social, onde o valor do aluguel é subsidiado pela prefeitura (ficando vinculado à renda familiar e não ao valor de mercado do imóvel) e a família que reside tem o direito à moradia garantido pelo poder público, o que protege o locatário dos processos de gentrificação promovidos pelo mercado imobiliário”, explicou.