Depois de ficar preso por mais de um mês, devido à Operação Catarata, que investiga supostos desvios em contratos de assistência social no governo do estado e na Prefeitura do Rio, e ter que cumprir medidas cautelares como “comparecimento mensal em juízo; proibição de contato com empresas e outros envolvidos na investigação; e recolhimento domiciliar noturno“, o ex-deputado estadual Pedro Fernandes decidiu abandonar a política. O comunicado foi feito via sua conta no Instagram:
Com a saída de Pedro Fernandes, o clã Fernandes pode estar chegando a seu fim. A matriarca da família Rosa Fernandes (PSC) já não é mais a rainha de votos de outrora, apesar de continuar sendo muito bem votada, foram 26.409 no último domingo, a 7ª mais votada. Na ALERJ, assumiu recentemente o suplente Sérgio Fernandes (PDT), no lugar de Thiago Pampolha (PDT), que foi nomeado secretário estadual de meio ambiente.
Mas até assumir a vaga neste ano, foi a primeira vez que um Fernandes ficou fora da ALERJ desde 1962, quando Pedro Fernandes, avô deste Pedro Fernandes, foi eleito pela primeira vez. E assim foi até os anos 2000, com exceção de um gap entre 1982 e 1986. Após seu falecimento, o neto assume o manto da família e éleito deputado estadual em 2007.
E ainda assim, Sérgio Fernandes não é membro da família, e sim um assessor que assumiu o sobrenome para ser mais votado. Assim como Pedro, ele é réu por suposta participação em esquema de fraudes em contratos públicos na Fundação Leão XIII, subordinada ao governo estadual.