Tiago Cordeiro é roteirista e jornalista. Atualmente, também atua como editor-chefe do Popoca, especializado em cultura nerd-pop. Já trabalhou em diversas funções em campanhas políticas e em gestões públicas.
Vão-se os anéis e ficam-se os dedos. Marcelo Crivella, a esta altura, já sabe que perdeu as eleições. O all-in que está dando nessas eleições tem várias explicações sem precisarmos de acesso ao seu gabinete ou informações exclusivas. Basta deduzir com as informações que temos.
Em primeiro lugar, pelas regras eleitorais, Crivella (e o presidente Jair Bolsonaro através dele) têm duas semanas para fortalecer a narrativa de “fora do sistema” e de colar o rótulo que tudo do dito sistema seja comunista, pedófilo etc. Ou seja, apenas o conservadorismo serve.
Ocorre que essa exposição dentro das regras eleitorais é valiosíssima e cacifa o prefeito para voltar ao Senado em 2022, posição que ocupava. Se ele se enfraqueceu como candidato ao executivo, segue fortíssimo em qualquer cargo do legislativo, mesmo defendendo censuras homofóbicas. Em 2022, a eleição só elegerá um senador e o prefeito do Rio de Janeiro é o nome mais forte, especialmente com essa “pré-campanha”.
Note que caso consiga, Bolsonaro e sua seita garantirão TRÊS senadores do Rio ligados a sua ala conservadora. Mesmo na hipótese de Flávio Bolsonaro sofrer impedimento devido as denúncias envolvendo rachadinhas, seria uma forma de garantir presença no Senado.
Informações da imprensa garantem que Silas Malafaia apoia Paes. A IURD é, frequentemente, vista como individualista pelas demais grandes neopentescostais. Caso se confirme, a prefeitura do Rio de Janeiro deve se tornar menos conservadora, mas Malafaia não apoiou nem Marina sem garantir que ela evitasse dizer o que ele não quer que seja dito. Qual será o dízimo político que Paes pagará?
Por fim, as acusações, digo, as mentiras de Crivella sobre o Psol seguem o roteiro de rotular tudo que não é o alt-right brasileiro como comunista. A militância de esquerda ainda não aprendeu a lidar com isso. Em redes sociais, compartilharam o vídeo quando não era necessário para que se soubesse do que estava se falando, como aqui. O bolsonarismo ou crivellismo conseguiu que sua mensagem chegasse a todos que os apoiam com a ajuda da esquerda mas não é só. Em buscas no google ou em redes sociais os resultados envolvendo o nome do partido, de Edurdo Paes e “pedofilia” serão mais vistos. É uma prática comum do alt-right usar o discurso com técnicas de SEO e SEM, desde as eleições de 2018.
Originalmente publicado Medium de Tiago Cordeiro
Ah com certeza esse Bispo desonesto não vai querer perder a Mamata de jeito nenhum rs… ta desesperado porque sabe que a prefeitura ja ta perdida, agora vai focar nas próximas eleições pra seguir roubando! espero que em 2022 ele tome outra surra nas urnas!!
Com certeza. Crivella Nunca Mais! Nós, cariocas e fluminenses não merecemos gente desta estirpe pagos pelo dinheiro público em prol de seus interesses.
Colocar novamente essa múmia no Senado a população fluminense perderá uma oportunidade de consertar o rumo da representação do Estado no Senado Federal.
O Estado do RJ não pode eleger alguém como ele. Não bastou que não tenha feito nada no seu mandato anterior como Senador… Não basta que os três Senadores escolhidos nas últimas eleições – um deles, falecido recentemente de Covid-19 – também não tenham feito absolutamente nada em prol do Estado.
Acorda eleitor fluminense (!!!)