Especialistas descartam apagões no RJ, mas falam que pode haver racionamento de energia elétrica

Pessoas da área, ouvidas pelo DIÁRIO DO RIO, dizem que é preciso torcer por chuvas nos locais onde ficam reservatórios e economizar luz

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A situação trágica vivida no estado do Amapá, que levou a população a ficar quase um mês sem energia elétrica, é uma realidade distante do Rio de Janeiro. Contudo, não estamos em uma situação tão confortável assim. Especialistas consultados pelo DIÁRIO DO RIO falam que precisamos ficar alertas com a falta de chuvas e o desperdício de energia elétrica.

De acordo com Paulo César de Souza, professor de engenharia elétrica da Universidade Veiga de Almeida (UVA). Não há chance de vivermos um apagão por aqui “porque, no Rio de Janeiro, as subestações distribuidoras de energia elétrica, para todo o Estado, são em número de dezenas, enquanto no Amapá, praticamente, apenas a subestação de Macapá é que distribui a energia elétrica para todo o Estado”.

Todavia, temos outros motivos para ficarmos em alerta.

“Caso não chova bastante próximo aos reservatórios de água que são utilizados para a geração de energia elétrica, o governo, junto aos órgãos competentes, pode fazer racionamento de energia. O preço pode subir muito e forçar as pessoas a consumirem menos luz. O que a população pode fazer é pedir para que São Pedro mande chuva para os lugares certos, pois estamos vivendo uma seca histórica no país, e economizar, não desperdiçar energia. Banhos quentes mais curtos, não deixar a porta da geladeira aberta, lâmpadas mais econômicas fazem toda a diferença”, destaca Alberto Arkader Kopiler, engenheiro elétrico e pesquisador do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica.

Sobre a alta na tarifa de luz, que terá cobrança extra neste mês de dezembro, Kopiler explica que “saímos de uma tarifa verde para uma vermelha nível 2. Isso aconteceu porque os reservatórios estão abaixo do nível normal. Com isso, fica mais caro gerar energia e isso encarece na outra ponta, que é a do consumidor. Por conta da pandemia, foi mantida a tarifa verde, porém os reservatórios já estavam com menos capacidade. Mas, por outro lado, o consumo geral, mais pesado, caiu nesse período de isolamento social mais intenso, então, acabou não sendo feito esse aumento que será feito agora”.

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