Nepotismo na Secretaria de Saúde

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Se formos levar em conta estas cartas publicadas na seção Cartas do Leitor da Veja Rio, o Secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, tem muito a se explicar. Mas é algo esperado, sempre que se permite fazer compras sem licitação. Como nosso novo Governador, parece estar tentando moralizar a Saúde, talvez seja hora de pedir uma explicação ao seu Secretário.

Na reportagem publicada no dia 24 de janeiro sobre o secretário de Saúde, doutor Sérgio Côrtes, poderíamos acrescentar a nova parceria da secretaria com a empresa Rufollo, pois a mesma vem sendo colocada em algumas unidades hospitalares sob contratos de emergência sem licitação. E essa empresa, por uma terrível coincidência, presta serviços para o Into. Também devemos pedir ao senhor secretário que esclareça o fato de muitos funcionários do Into terem o sobrenome Vianna, que é o mesmo de sua esposa, que, por coincidência, é diretora médica do hospital em questão. Com certeza deve ser uma maravilhosa competência familiar. E, para finalizar, não posso deixar de parabenizar a leitora Andréa Silveira e concordar com ela quando diz que nosso querido secretário deve ter a síndrome da mariposa, pois com certeza, se os fatos acima forem averiguados, ele terá ainda muitos holofotes virados para ele.
Luciana Pereira

O ilustre senhor Sérgio Côrtes diz em sua entrevista que augura moralizar a saúde no Rio (“Tratamento de choque”, 24 de janeiro). Todavia, demonstra não estar falando sério, como soeram fazer seus antecessores. O “processo seletivo simplificado” por ele logo implementado, com vista a satisfazer os anseios da massa desempregada, não passa de uma maneira ardilosa de falsear a verdadeira excrescência inconstitucional que permeia o serviço público, atribuindo títulos àqueles que já estão atuando sem concurso em hospitais estaduais. Ou seja, de acordo com a míope visão de “moralidade” do senhor Sérgio Côrtes, mais valem o apadrinhamento e o famoso QI (quem indica) do que um servidor tecnicamente qualificado com pós-graduação lato sensu, mestrado ou doutorado. Gize-se que o Ministério Público fluminense, por diversas vezes, em várias ações civis públicas movidas contra o município do Rio, obteve êxito em obrigar a realização de concurso nos hospitais municipais. Nos hospitais estaduais, ao contrário, continua a balbúrdia e, pelo visto, serão quatro anos de mais pão e circo para a população fluminense.
Filip Luciano /Nutricionista

Estou enviando um desabafo sobre a situação em que nos encontramos nos hospitais estaduais, com a gestão do novo secretário. Substituição dos prestadores pelo regime CLT resolveria o problema da saúde no Rio? Sabemos que o orçamento para tal é quase o dobro. O que o novo secretário pretende realmente com o seu “choque de gestão”? Cada vez mais estamos insatisfeitos por não saber o destino disso tudo.
Marcela Costa

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