A tenente-coronel da Polícia Militar, Cláudia Moraes é a vencedora do Prêmio Espírito Público pelo desenvolvimento do programa Patrulha Maria da Penha. A premiação tem como objetivo dar reconhecimento nacional aos servidores públicos e está em sua terceira edição.
O programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida, lançado em agosto de 2019, foi criado pela servidora e tem como prioridade salvar vidas de mulheres. Por este motivo, a ideia é atuar de maneira preventiva, de maneira a evitar casos de violência contra a mulher e seus desdobramentos. Do total de mulheres atendidas pelo projeto, 36% delas residem na capital, 17% na baixada fluminense e 47% no interior do estado.
Cláudia Moraes, autora do projeto destaca a relevância da medida: “Tenho plena consciência de que um programa da magnitude do Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida é obra de um incontável número de pessoas. Sem o apoio governamental e da alta gestão da Polícia Militar, do Tribunal de Justiça, Ministério Público, da Defensoria Pública, do Conselho Estadual do Direitos da Mulher e, principalmente, da participação ativa de inúmeros policiais militares, não sairíamos do campo das ideias”.
De acordo com a tenente-coronel, o programa é imprescindível para evitar casos de feminicídios, assim como, na contribuição para a redução de todas as formas de violência contra a mulher no estado do Rio de Janeiro. Ao todo, o projeto já realizou quase 28 mil atendimentos a mulheres em situações de violência.
Dados da coordenação do Programa Patrulha Maria da Penha – Guardiões de Vida, revelam que entre 5 de agosto de 2019 e 1 de novembro de 2020, foram realizadas 32,2 mil fiscalizações de medidas protetivas. No total, 13,5 mil mulheres atendidas até o momento, incluindo os casos em que há medida protetiva deferida ou não. Ao todo, foram realizadas 231 prisões de autores de violência contra a mulher, a maior parte por descumprimento de medida protetiva de urgência.
Além disso, 2.466 ações sociais e comunitárias, como doações de cestas básicas e kits de higiene e limpeza às assistidas mais necessitadas, foram feitas pelas equipes em todo o estado. Os materiais doados foram obtidos por meio de doações de empresas, ONGs, entidades sem fins lucrativos e pessoas físicas sensibilizadas com a vulnerabilidade de parte das assistidas do programa, cujas dificuldades se agravaram com o advento da pandemia.
Uma pergunta. Quantas oficiais negras tem na Polícia Militar (???)
Acho curiosa muitas dessas premiações nas corporações. Sejam elas civis ou militares. Nada mais são que similares a outras ações postas em prática noutras regiões.