Desde que a quarentena começou, em março de 2020, o coletivo I Hate Flash (IHF) tem criado bastante conteúdo para as redes sociais. Mais do que produzir algo autoral, a iniciativa surgiu para aguçar a criatividade dos colaboradores, que estava “represada”, já que eles passaram por um longo período sem conseguir trabalhar em shows e eventos – esses ainda cancelados – e até em trabalhos com marcas, que foram congelados por um longo período. Assim, surgiram os I Hate Challenges, desafios em que um tema era escolhido e os profissionais “se viravam” para criar a partir dele.
Durante esses desafios, o carioca sócio fundador e fotógrafo do IHF, Fernando Schlaepfer, acabou criando, naturalmente, um para ele mesmo: autorretratos feitos diariamente. “Escolhi isso principalmente pensando que não queria parar de criar imagens nesse período isolado. Eu teria que me virar com os cantos do meu prédio e o pior modelo que já fotografei na vida – também conhecido como eu mesmo”. O que era para durar pouco mais de um mês acabou se transformando em um ano inteiro, em que a imaginação e produtividade mantiveram a cabeça do fotógrafo ocupada, principalmente nos momentos mais difíceis.
A ideia despretensiosa virou um projeto e, dele, nasceu o livro “Autorretratos de um isolamento”. Com incentivo da DreamBooks, a obra é uma maneira de apoiar o precarizado mercado de arte do país e colaborar com uma causa para lá de maneira, da ONG Comunidade Santo Amaro Contra o Covid. Todo o lucro das vendas da obra, que varia entre R$ 338,80 e R$ 422,10, de acordo com o modelo escolhido, será convertido em cestas básicas, produtos de higiene básica e água para comunidades mais afetadas pela pandemia.
Por enquanto, a compra pode ser feita apenas virtualmente no site da DreamBooks e com desconto, basta usar o cupom “anendfor”, que garante 55% de desconto. Estão disponíveis quatro versões, com quatro capas e contracapas diferentes, todos em papel seda, aquele com super qualidade que dura a vida toda.
Além disso, todos os I Hate Challenges de 2020, que deram o impulso para a criação do livro, estão nas redes sociais e no site do coletivo. Entre os sucessos – tanto para quem produziu quanto para os seguidores – estão os temas do mês do orgulho LGBTQIA+, o da reprodução de capas de discos icônicos, de cenas de filmes clássicos e até releituras de obras de arte. Tudo isso feito dentro de casa, com talento e atuação dos próprios profissionais.