Nesta sexta-feira (12/02), durante a a divulgação do 6º Boletim Epidemiológico da Covid-19, no Centro de Operações (COR), o prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), fez um novo apelo para que os cariocas evitem e denunciem aglomerações durante o período de Carnaval. A apresentação mostrou que pela quarta semana consecutiva a capital fluminense permaneceu na classificação de alto risco.
“Chegou a sexta do Carnaval que não vai acontecer. As razões do cancelamento, de termos regras de distanciamento, de não se permitir festas e bailes, têm o único objetivo: o de preservar vidas. Meu apelo aos cariocas é para que, por favor, evitem aglomerações em blocos e festas, porque é assim que as autoridades sanitárias nos recomendam“, afirmou o prefeito.
O prefeito ainda recordou que todos terão várias opções para se divertirem dentro de suas casas. Seja por acompanhar a reprise de desfiles antigos pela televisão, seja por eventos online promovidos por blocos e escolas de samba via redes sociais.
Como as 33 regiões administrativas (RAs) ainda estão em nível alto, as medidas de proteção à vida não se alteram. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz explicou que apesar de as médias móveis de casos e de óbitos manterem a tendência de queda e a fila por um leito Covid-19 estar zerada, a classificação permaneceu porque estamos no período de Carnaval e pelo fato do surgimento de novas variantes do vírus, apesar de nenhum caso dessa cepa ter sido registrado no Rio.
“A grande maioria das áreas da cidade já poderia estar em risco moderado. Mas têm situações que a gente não pode ignorar que é a questão do carnaval e também da cepa de Manaus circulando. A gente ainda não tem todas as informações sobre ela. Na saúde pública precisamos ter prudência e a opção foi manter todo mundo em risco alto“, afirmou o secretário de Saúde.
O boletim epidemiológico mostrou ainda que o município do Rio registrou 194.497 casos de Covid-19 desde o início da pandemia. O total de óbitos foi de 17.888. A letalidade está em 9,2% e a mortalidade em 268,5/100 mil habitantes. As Regiões Administrativas de Copacabana (V), Centro (II), Lagoa (VI) e Tijuca (VIII) são as que concentram a maior incidência acumulada de casos confirmados da doença. Centro e Lagoa têm as maiores taxas de mortalidade acumulada.
Guia de medidas de proteção à vida
Como a cidade se mantém em risco alto, as medidas de proteção à vida propostas não mudam. Entre elas, estão: limitação da capacidade de lotação de estabelecimentos, alteração nos horários de funcionamento e ampliação das regras de distanciamento em locais fechados, além, é claro, do uso de máscara e álcool em gel para higienizar as mãos.
Para ajudar a população a entender quais são as medidas indicadas para cada faixa de risco, a Secretaria Municipal de Saúde lançou o “Guia de medidas de proteção à vida”. Disponível para download no site, o guia apresenta de forma didática as restrições que devem ser adotadas em cada tipo de estabelecimento quando a faixa de risco estiver moderada (amarela), alta (laranja) ou muito alta (vermelha).