Uma idosa de 63 anos, que trabalhava como empregada doméstica em condições análogas à escravidão, foi resgatada na casa de uma professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Zona Norte do Rio, no final do mês de janeiro. As autoridades chegaram à idosa durante uma ação de combate ao trabalho escravo realizada pelo Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro (PMT-RJ) em conjunto com outros órgãos federais.
A professora da UFRJ foi acionada pelo MPT-RJ por manter a idosa em condições de trabalho análogas à escravidão por 41 anos. A mulher nunca recebeu remuneração alguma pelo seu trabalho, nem mesmo o seu auxílio emergencial, que era sacado pela professora. Ela era, ainda, obrigada a catar latinhas de alumínio nas ruas, vendê-las e entregar o dinheiro à professora.
Segundo os agentes da força-tarefa do MPT, a senhora que apresentava sinais de desnutrição, foi encontrada dormindo em um quarto sem energia elétrica e com os seus pertences guardados em um caixa de papelão. Os vizinhos à casa onde a idosa trabalhava disserem às autoridades que ela sofria maus tratos, violência física e realizava trabalhos exaustivos sob o sol.
A mulher informou aos integrantes da força-tarefa que não tinha acesso a água potável e comida. Ela disse ainda que a professora jogou fora todos os seus pertences, inclusive os contatos dos seus familiares. A senhora relatou também que, recentemente, ficou doente e foi atendida por um médico da família que diagnosticou Covid-19, que receitou alguns medicamentos. Nenhum teste clinico foi realizado, no entanto.
A idosa foi levada para o Centro de Acolhimento da Prefeitura do Rio, e a Justiça analisa o caso. O MPT-RJ pediu à Justiça que a professora pague à idosa uma indenização de R$ 1,3 milhão, além de uma pensão e pagamento retroativo dos salários.
Com a repercussão do caso, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) emitiu uma nota de repúdio sobre o caso. Leia a nota na íntegra:
“A Reitoria da UFRJ foi surpreendida ao saber pela imprensa sobre o caso de uma professora que teria sido acusada de manter uma empregada doméstica em trabalho análogo à escravidão. Ainda que a operação tenha ocorrido no dia 25/1, informamos que a Universidade, até o momento, não foi notificada oficialmente pela Justiça do Trabalho.
Repudiamos veementemente quaisquer retrocessos ou vilipêndios que desfigurem a dignidade da pessoa humana. A escravidão é um fato histórico doloroso da história brasileira que ainda deixa marcas. Ações como esta Operação Resgate, do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), e que envolveu outros órgãos federais, precisam ser estimuladas. A escravidão não pode ter mais espaço em um país que, por mais de três séculos sombrios, seu implacável sistema pairava gerando danos profundos dia após dia. Obviamente, uma postura de adesão ao escravismo, de fato, não condiz com o ethos da UFRJ, que é o de promover formação qualificada e emancipadora do saber como força transformadora. Assim que notificada a Universidade tomará as providências legais cabíveis”.
Estou estarrecida com uma coisa dessas, uma pessoa estudada esclarecida agir assim, tem o mau no coração, deveria ficar presa nas mesmas condições pra ele ver como é bom. desejo que a justiça seja feita porque sabe como é nesse País infelizmente acaba tudo dando em pizza,
Cadeia pra ela.
Tem que pagar na cadeia pelo resto da vida dela.
Quem planta o mal ,colhe o mal.
Absurdo! Deveriam expor quem cometeu essa atrocidade. Ao menos mencionar a faculdade em que leciona, o curso, ou o campus. Imagina já ter tido aula com alguém assim???! Queria que explanassem o nome ou ao menos mais informações, colocar “professora da UFRJ” além de vago é tendencioso, em todas as matérias sobre o assunto só dizem “Professora da UFRJ” isso é absurdo!!!! Essa pessoa tem nome, e a atrocidade que ela cometeu não foi como professora e não tem ligação com a universidade, ela fez isso na casa dela, nada mais justo que o nome dela se exposto!
Vergonhoso. Punição máxima para essa professora.
Deve ser ligada a algum partido de esquerda.
Quem planta o mal ,colhe o mal.
O Brasil é um pa nojento e vergonhoso. Por que quando um negro comete um ilícito a cara é estampada até em outdoors. Agora porque a “branca brasileira escravocrata”, não tem sua imagem divulgada? Racista é o sistema brasileiro social. Não podemos mais, depois de 400 anos de escravidão, considerarmos o Brasil, uma democracia. A partir de agora quando perguntado qual o sistema político brasileiro, não respondam mais que é uma democracia. agora devemos considerar o Brasil como um Sistema de Governo Escravocrata. Tenho nojo do Brasil. Quero ver a foto da branca escravocrata da UFRJ es sem notinha de pesar poderíamos abrir um grupo para alunos, estagiários, para mestres e doutores negros contarem suas histórias de racismo de um povo que tem que ter voz para relatar as atrocidades que essas universidades públicas brasileiras. País de população dos infernos. Morte aos escravocratas, que eles ganhem a cadeia o mais rápido possível.
Qual o nome dessa pessoa?
pois é, tb achei q o nome deveria ter sido publicado
Não vai ser presa e exonerada da ufrj?
Bem certo que sim. Leia a última frase da reportagem.
Chega a ser deprimente e estarrecedor ver uma professora da UFRJ, agir como uma besta diabólica extorsiva. O fato da instituição vir e dizer que a escravatura é abominável (algo óbvio), não tira sua responsabilidade sobre o ato nefasto, o que deve fazer é melhorar o nível de seus professores, que aliás, há muito parecem mais militantes ideológicos do que outra coisa.
PS: A escravidão aconteceu em todo mundo, o erro no Brasil foi ter sido um dos últimos a se desfazer dessa prática. Embora a família imperial sempre foi contra e lutou para que isso acabasse.
O servidor deve manter na sua vida privada postura compatível com a dignidade das instituições onde serve.
Dito isso, considerando que a escravidão foi abolida e manter pessoa em situação análoga é tão repugnante, cumprindo a todo empregador, público ou privado, observar as normas trabalhistas existentes, a justa remuneração, recolhimento previdenciário, folgas, férias, etc. tem o Estado a obrigação de demitir a servidora a bem do interesse público.