É sabido e notório que o estado do Rio de Janeiro sofre, há anos, com o descaso em mais diversas esferas. Mas ultimamente isso parece ter assumido ares nunca antes vistos por esta província.
Desde a derrocada de Sérgio Cabral (MDB) e eleição de Pezão (MDB)– e lá se vão alguns bons anos – não sabemos o que é bonança, paz ou simplesmente, boas notícias. Não que durante o governo Cabral as coisas eram maravilhosas, mas está cada dia pior. E tudo aumenta de perspectiva na medida que temos uma crise financeira que parece ser incontrolável e uma corrupção que parece eterna. Dizem que o Rio de Janeiro é a caixa de ressonância do que acontece no Brasil. Pois bem, se o Brasil é corrupto, nós somos a locomotiva dessa festa com dinheiro público.
Depois de elegermos Wilson Witzel (PSC), um completo desconhecido, e por isso com uma ponta de esperança pela mudança – apesar de não termos votado nele – vimos que nada mudou. O governador foi afastado, assim como seu antecessor. E só não foi preso, sabe-se lá por quais razões. As esbulhas na saúde vieram à tona, o desemprego bate à porta, o alinhamento com um governo federal lunático é claro e notório e tudo isso sem uma luz no fim do túnel.
Cláudio Castro (PSC), que já completa seis meses como governador interino, tinha tudo para fazer uma gestão razoável. Não iria entrar para os livros de história como o salvador da pátria, mas poderia facilmente ser essa ponte. Pois bem… Como no Rio de Janeiro nada do que parece é, assim foi. Castro preferiu entregar seu governo para a ALERJ. Loteou a máquina pública a espera de votos favoráveis ao seu governo. Se ao menos soubesse usar esses votos para uma possível reforma administrativa, mas nem isso.
O Palácio Guanabara continua sendo um grande balcão de negócios. Bom, um Palácio que tem na sua história diversos sequestros, tampouco tem como dar certo.
Ainda falta um ano e meio para a próxima eleição estadual e hoje o cenário é de que o governador interino quer ganhar por W.O., com uma chapa de continuidade para o caos, tendo Washington Reis (prefeito de Caxias) como seu candidato ao Senado Federal.
Como dizia o velho ditado, de onde não se espera nada, daí é onde não sai nada mesmo. Se a nossa representação no Senado Federal já não é grandes coisas, por qual motivo devemos crer que ela tende a melhorar?
Castro se apequena no cargo que possui. Não passa de um pequeno vereador, que por sorte, foi eleito e com mais sorte ainda, calhou de sentar na cadeira que não lhe pertence. Não ouve a sociedade. Não trabalha para modernizar a máquina e sairmos do buraco. Prefere andar de mãos dadas com um errático do Planalto, que apesar de ter carreira no Rio, em absolutamente nada ajuda nosso estado. Prefere ser hipócrita e fazer festas secretas, bem ao estilo “Castrofolia”, do que respeitar suas próprias determinações.
Prefere ser um ninguém nos livros de história, do que fazer o bem ao povo fluminense.
A verdade é que o estado do Rio está fadado ao fracasso, se continuar como está. Já são anos e anos de crise e provavelmente serão outros anos e anos. Enquanto isso nossa mão de obra foge para São Paulo, Brasília, Lisboa, Miami… Até Buenos Aires é mais atrativa. Não conseguimos gerar empregos qualificados. Não conseguimos atrair investidores. E todas as ações ficam na maquiagem, no gogó.
Nos próximos meses Castro ainda tem a chance de corrigir o rumo e fazer algo decente por nós. Se vai? Bom, aí é com ele. Mas eu duvido.
Sr. Quintino, sou carioca de 77 anos e acompanho sua publicacao aqui de Londres. Mando-lhe meus cumprimentos por esse excelente artigo. Continue, por favor, com suas analises realistas e eruditas. Obrigado Carlos Simas
O Prezado Senhor teve ter menos de 35 anos e não tem uma boa cultura.
Para escrever um artigo tão frágil.
1°) Miami não é EUA,Miami está nos EUA.
2°) Lisboa não é Europa,Lisboa está na Europa.
3°) Brasília é a Ilha da fantasia.
4°) A Cidade de São Paulo é extremamente artificial.
5°) Buenos Aires é a capital da América Latrina para não dizer América Privada.