Leilão da Cedae arrecada R$ 22,6 bilhões pelos blocos 1, 2 e 4

O bloco 3 foi o único que não foi vendido. Os três blocos foram arrematados com ágio superior a 100% do valor inicial

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Imagem meramente ilustrativa do prédio-sede da Cedae, no Centro do Rio - Foto: Reprodução/Internet

Nesta sexta-feira (30/04), o leilão da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) arrecadou R$ 22,6 bilhões com a venda de três dos quatro blocos ofertados.

Os três blocos mais valiosos da Companhia foram arrematados com ágio superior a 100% do valor inicial. O ágio é o valor adicional ao mínimo que era exigido no edital do leilão. O bloco 3 foi o único que não foi vendido.

Entre os presentes para acompanhar o leilão, estavam o presidente Jair Bolsonaro, o governador em exercício do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PSC), e os ministros da Economia, Paulo Guedes, do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho e da Casa Civil, Luiz Eduardo Ramos.

Quatro consórcios foram inscritos para participar do leilão: Iguá, representado pelo grupo BTG; Egea, representado pela corretora Ativa; Redentor, representado pela XP; e Rio Mais Saneamento, representado pelo grupo Itaú.

O Bloco 1 foi arrematado pelo consórcio Aegea, que vai pagar outorga de R$ 8,2 bilhões. Isso equivale a 103,13% a mais que o mínimo exigido em edital. Este Bloco contempla 18 bairros da Zona Sul do Rio e as cidades de São Gonçalo, Aperibé, Miracema, Cambuci, Cachoeiras de Macacu, Cantagalo, Casimiro de Abreu, Cordeiro, Duas Barras, Magé, Maricá, Itaocara, Itaboraí, Rio Bonito, São Sebastião do Alto, Saquarema, São Francisco de Itabapoana e Tanguá.

Já o Bloco 2 foi arrematado pelo consórcio Iguá, que ofereceu o maior lance por ele, de R$ 7,286 bilhões – um ágio de 129,68% sobre a outorga mínima exigida. Diferente do primeiro, para este Bloco não chegou a ser aberta disputa em viva voz porque a proposta do Iguá já havia superado em 20% o valor mínimo. Ele contempla Jacarepaguá, Barra, além das cidades de Miguel Pereira e Paty do Alferes.

Quem arrematou o Bloco 4 foi o consórcio Aegea, representado pela Ativa. A empresa ofereceu R$ 7 bilhões e 203 milhões, um ágio de 187,75% sobre a proposta inicial do governo. O bloco 4 contempla Centro e Zona Norte do Rio, além de Belford Roxo, Duque de Caxias, Japeri, Mesquita, Nilópolis, Nova Iguaçu, Queimados e São João de Meriti.

Por ter sido vencedor do bloco anterior, o consórcio Aegea podia optar por retirar sua oferta pelo bloco 3 antes de sua abertura. O grupo, então, decidiu não defender sua proposta. O Bloco 3, que contempla Zona Oeste, Piraí, Itaguaí, Paracambi, Seropédica e Pinheiral, não teve leilão por falta de interessados, dessa forma, não houve vencedor. 

Vale destacar que isso não era previsto pelo governo do Estado. Ao portal de notícias G1, quando questionada sobre o que aconteceria se algum dos blocos não recebesse proposta, a Secretaria da Casa Civil respondeu, em nota, que o governo não trabalhava com essa hipótese.

Em seu discurso, o governador em exercício, Claudio Castro, afirmou que “esse leilão é um marco para o estado do Rio de Janeiro e nos dá esperança para um futuro melhor para o nosso povo”. Ele destacou ainda que o leilão foi “um importante recado para quem deseja investir no Rio de Janeiro“.

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7 COMENTÁRIOS

  1. Todos meus comentários na matéria passada foram censurados.
    Não se pode criticar a privatização ou concessão dos serviços – mesmo que o comentário seja fundamentado em notícias de agências internacionais segundo as quais o Brasil vai na contramão de países europeus, que estão estudando, portando, ignorando a experiência daqueles que, antes de nós, colocou nas mãos das empresas privadas, seja por privatização, concessão ou parceria público-privada.

    • Todos meus comentários na matéria passada foram censurados.
      Não se pode criticar a privatização ou concessão dos serviços – mesmo que o comentário seja fundamentado em notícias de agências internacionais segundo as quais o Brasil vai na contramão de países europeus, que estão ESTATIZANDO, portando, ignorando a experiência daqueles que, antes de nós, colocou nas mãos das empresas privadas, seja por privatização, concessão ou parceria público-privada.

    • Danico, dado o grau baixíssimo de governança que a CEDAE possui e os pífios resultados que ela entregou em mais de 50 anos – não há movimento mais saudável pro bolso fluminense e nem mais saudável pro meio ambiente fluminense que a privatização da CEDAE.

      Com esse leilão, repare que resolveremos apenas o problema da distribuição de água, coleta e tratamento do esgoto! Só isso já pode limpar a baía e as lagoas.

      Infelizmente a CEDAE ainda existirá, prestando o seu usual e péssimo serviço como de costume, produzindo água com geosmina! Mas façamos um passo de cada vez.

      • “não há movimento mais saudável pro bolso fluminense e nem mais saudável pro meio ambiente fluminense que a privatização da CEDAE.”

        Caro.
        Aguarde e verá que não. Tudo será para o interesse de grupos empresariais e políticos que recebem dinheiro deles.
        E ao contrário do que ocorre em Paris, Londres, Berlim… que resolveram estatizar novamente, aqui não tem volta não, pois o político não age no interesse público como os de lá …

  2. Ficou provado que houve sobreavaliação do lote 3 por parte do governo, ficando deserto. Governo do Estado, relicite-o mais barato. Muito melhor vendê-lo mais barato que ficar com esse rojão na mão! CEDAE, privatizem-na já!

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