Balança comercial do estado do Rio tem superávit de US$ 1,6 bi no 1º trimestre

A indústria de petróleo e gás natural foi responsável por 76% das vendas fluminenses para o exterior

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(Foto: Pilar Olivares)

A balança comercial do estado do Rio registrou saldo positivo de US$ 1,6 bilhão entre janeiro e março de 2021, ante o mesmo período de 2020, reflexo das exportações, que somaram US$ 6,2 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 4,6 bilhões. É o que informa o Rio Exporta, boletim de comércio exterior da Firjan Internacional. Com a corrente de comércio fluminense em US$ 10,8 bilhões no período, o Rio se manteve como o segundo player entre os estados com maior fluxo internacional no país, atrás apenas de São Paulo.

Acesse o Boletim Rio Exporta.

Os dados do boletim apresentam os efeitos da crise causada pela pandemia, mas há alguns sinais de melhoria. Um exemplo é o aumento de 45% nas vendas externas de semimanufaturados. Os principais itens embarcados foram produtos semimanufaturados de ferro ou aço, com crescimento de 46%; e torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes, com alta de 190%.

“A desvalorização cambial momentânea favorece as exportações em geral. Além disso, a retomada de alguns mercados, principalmente na Ásia, aqueceu ligeiramente nossas vendas externas no período”, analisa Giorgio Luigi Rossi, coordenador da Firjan Internacional.

A indústria de petróleo e gás natural foi responsável por 76% das vendas fluminenses para o exterior, totalizando US$ 4,7 bilhões. Houve aumento de 7% nos embarques de óleos brutos de petróleo para a China (US$ 3 bilhões), mantendo o país asiático como nosso principal parceiro comercial. Em relação às importações, a Arábia Saudita foi a única fornecedora do produto para o estado do Rio (US$ 192 milhões), com queda de 40%.

Exportação de óleo para EUA e Argentina

Se considerarmos as exportações exclusive petróleo, 44% foram destinadas aos EUA, apesar de ter havido uma contração de 12% no primeiro trimestre. O boletim aponta alta de 38% nos embarques do Rio para Argentina, após uma queda expressiva durante a pandemia. Historicamente, a Argentina tem peso relevante para as vendas da indústria fluminense de manufaturados, com foco no setor automotivo.

As importações, de modo geral, sofreram recuo de 39% na comparação entre os períodos. Já as compras de vacinas contribuíram para alta de 8% do conjunto de produtos utilizados no combate aos efeitos da Covid-19, que estão contemplados com redução temporária das alíquotas do Imposto de Importação (acessórios, maquinários hospitalares e outros), uma vez que a aquisição dos imunizantes subiu 112% (US$ 78 milhões). Nas importações exclusive petróleo, houve queda de 39% no trimestre, embora as encomendas do Mercosul tenham subido 48%.

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