Paes se filia ao PSD e lança Santa Cruz como candidato a governador do Rio

Ida de Eduardo Paes e de seu grupo político para o PSD deixa o DEM do RJ como um partido de base evangélica. Paes também lançou Felipe Santa Cruz governador

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Foto: Divulgação

O prefeito Eduardo Paes se filiou nesta quarta-feira ao Partido Social Democrata, o PSD, na sede do partido em Brasília. Devem seguir Paes os deputados federais Rodrigo Maia, Pedro Paulo, ambos no DEM, e o deputado federal Marcelo Calero, no Cidadania. Também é esperado que os vereadores Cesar Maia, Laura Carneiro, Carlo Caiado, Atila A Nunes, Célio Luparelli, todos do Democratas, sigam o mesmo caminho. Todos os casos dependem da janela partidária, ou podem perder o mandato devido a Lei da Infidelidade Partidária. Laura pode se filiar antes para ser candidata a deputada federal pelo PSD.

Com essa migração em massa, o Democratas perde totalmente o peso no Rio de Janeiro, virando basicamente um partido de base evangélica. Suas lideranças se tornam o deputado federal Sóstenes Cavalcante, vereador Alexandre Isquierdo e o deputado estadual Fábio Silva, todos ligados a alguma igreja neopentecostal. O partido sai do Centro, e vira de extrema direita no estado.

A cerimônia em Brasília reuniu alguns dos principais nomes do PSD no país, como o presidente da sigla Gilberto Kassab, os senadores Nelsinho Trad (MS), Antonio Anastasia (MG) e Otto Alencar (BA). Uma curiosidade é que o PSD nasce de uma disputa entre o grupo de Rodrigo Maia, que era presidente do DEM na época de fundação do PSD, e o de Kassab. Os ligados a Kassab queriam aderir ao governo Lula, enquanto o DEM de Maia queria manter oposição. Hoje Maia briga com ACM Neto exatamente porquê Neto quer se aliar a Bolsonaro, e Maia pode se aliar a Lula. Coisas da política.

Santa Cruz governador

Durante o evento de filiação, Eduardo Paes praticamente lançou o nome do presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, como candidato a governador do Rio de Janeiro nas eleições de 2022.

Santa Cruz, que não se filiou, acompanhou o ato com Paes, que disse aos jornalistas: “Vocês ainda têm dúvida de que ele é candidato. Por mim ele renunciava agora e começava a campanha”. Felipe disse que pretende se filiar ao partido assim que acabar seu mandato na OAB, e que será um advogado da população do Rio de Janeiro.

Apesar de negar estar em campanha, é dito que Santa Cruz tem se movimentado pelo estado do Rio para tornar seu nome mais conhecido. Na pesquisa do o Instituto Prefab Future (empresa LabPop Group) para governador do Rio em 2022, seu nome não pontua.

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8 COMENTÁRIOS

  1. Não passa na minha cabeça o Presidente da OAB Santa Cruz estar ligado a um tipo de politiqueiros neoliberais que nunca atenderam as demandas de um Estado e Cidade como o Rio de Janeiro que só o governam para uma elite achacadores.

    Bando de oportunistas que sempre está procurando o meio de ficar enganando a população. Saco cheio desses cretinos

  2. Parando por aí. Chega de enfiar guela baixa dos fluminenses Juiz, Advogados falastrões -só com viés político. O Estado do Rio de Janeiro precisa de GESTÃO, administração, gente com visão de atrair empresas, e uma grande infraestrutura para facilitação de cargas e pessoas, -‘Paisagens’ não faltam.

    Aproveitar os caixas com um pouco mais de verba vinda da venda da CEDAE e realmente aplicar bem. Aproveitar os próximos anos de ainda produção de petróleo e investir pesado na tão falada mas nunca feito neste estado: legado substancioso para gerações.
    Enxergar de vez que o Turismo do Rio de Janeiro é competitivo a nível mundial, mas sem ainda o alto retorno que deveria ter. Para está área, mais fomento, ‘hotéis cassinos’, turismo religioso, turismo rural, turismo à pé, turismo à vista, e por aí vai.

    Pouco partido e muita GESTÃO: vai resolver emprego, renda, e desenvolvimento social, devolvendo aos cariocas e fluminenses a alegria e o orgulho de viver neste pedaço de terra.

  3. O fato é que políticos mesmo mais modernos como o Eduardo Paes, não perceberam que as previsões e táticas a serem cumpridas antes por eles não cabem mais.
    As redes sociais e o descrédito da mídia derrubaram de vez o modo de fazer política. Hoje o eleitor mais antenado e participante vê e percebe qual é a intenção do político. Um exemplo pode ser dado na intenção do senador Renan Calheiros em ser relator da CPI do Covid19. Primeiro salvar seu filho governador de Alagoas no Covidão, depois minar o governo ao extremo tentando derrubar o PR, e por ultimo continuar senador e salvar sua imunidade.
    Isso tudo foi percebido pelo povo e vê-se nas redes sociais as manifestações nas ruas, na frente da sua própria casa com o mínimo dele sendo chamado de vagabundo.
    Pense na força que tinha em Alagoas e agora nesse ponto sem garantias da continuidade da sua imunidade parlamentar.
    Olha que Renan era uma raposa, quantas vezes foi presidente do senado? Acabou,
    acabaram-se suas táticas, estratégias. O poder de hoje são as redes sociais, políticos e mídias tradicionais estão indo pro buraco.
    As redes aceitam comentários, não posicionamento contrário, elas querem isenção.

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