CPI denuncia crime de intolerância religiosa nas comunidades do Rio

A perseguição ocorre em especial na Zona Norte, onde as comunidades Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-Pau formam o chamado ‘’Complexo de Israel’’, criado por traficantes evangélicos

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) instalou uma CPI para investigar os casos de intolerância religiosa no Estado. Na última reunião, o relator da Comissão, Átila Nunes (MDB), denunciou a rotina de repressão e perseguição do tráfico a praticantes e templos vinculados, em especial, a religiões espiritualistas, sobretudo de matriz afro.

A perseguição ocorre em especial na Zona Norte, onde as comunidades Cidade Alta, Vigário Geral, Parada de Lucas, Cinco Bocas e Pica-Pau formam o chamado ‘’Complexo de Israel’’, criado por traficantes evangélicos que exibem a estrela de Davi e a bandeira do Estado de Israel, proibindo os cultos de umbanda e candomblé, fechando terreiros e ameaçando os adeptos. A facção também está sendo investigada pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos por Intolerância, a DECRADI.

Para Átila Nunes, o fato das igrejas gozarem de isenção de impostos (as doações e dízimos não são taxados) fez com que o tráfico se aproveitasse desse privilégio que beneficia os templos dos falsos evangélicos. “O dinheiro do tráfico recebe o rótulo de dízimos e doações, não sendo, consequentemente taxados pela Receita Federal. O dinheiro sujo do tráfico é ‘lavado’ em nome da religião”, explicou o relator da CPI.

Advertisement
Receba notícias no WhatsApp
entrar grupo whatsapp CPI denuncia crime de intolerância religiosa nas comunidades do Rio

Comente

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui