Em outras épocas, as baleias eram alvos de muitos caçadores, sobretudo por conta de seu óleo, utilizado como combustível para iluminação de casas e ruas, lubrificante, na fabricação de sabão e até mesmo de margarina. O Rio de Janeiro, dada à sua vasta costa, foi um dos principais centros baleeiros do Brasil nos séculos XVII e XVIII.
A presença de baleias na costa do Rio de Janeiro era muito grande. Isso fez com que muitas pessoas se mudassem para o litoral fluminense, além da hoje capital do estado, que já era uma área bastante habitada à época. Por outro lado, esse fato também foi responsável por reduzir as populações de algumas espécies.
“A violência era tanta que os moradores do Centro [da cidade do Rio] reclamavam do barulho que as baleias faziam antes de morrer. Em uma só temporada mais de duzentas foram abatidas na Ponta da Armação, em Niterói. Isso sem contar todas as outras que foram mortas nas armações de Búzios, Cabo Frio e Ilha da Gipóia, em Angra”, escreveu a jornalista Lisia Palombini.
De cima da Pedra do Arpoador, o caçador avistava as baleias. Então, iam para um barco repleto de arpões. “A ideia era capturar não a mãe, mas o filhote dela. Atordoada e acuada, a baleia seguia o barco até a praia. Era a sua hora de morrer. A agonia do animal arpoado contrastava com o motivo que o trazia para estas águas: procriar em território livre de predadores, mar calmo, morno e com farta alimentação. Para os homens, a pescaria havia sido um sucesso, mas era só o começo de um longo e lucrativo trabalho de retirada de tudo o que se podia aproveitar do animal”, detalha Palombini.
Há quem defenda a tese de que alguns caçadores de baleia usavam a Pedra do Arpoador para lançar arpões nos animais. Contudo, renomados historiadores defendem outras ideais para o batismo da pedra e, consequentemente, da região.
“É muito pouco provável que caçassem baleias de cima da Pedra do Arpoador. Esse tipo de caça era muito complexa e de cima da Pedra, apenas, não seria fácil. O que acontecia era que os caçadores usavam a Pedra do Arpoador como mirante para avistar baleias que vinham longe”, afirma o historiador Milton Teixeira.
Outro conhecido profissional da área, Eduardo Bueno, o Peninha, está de acordo com a análise de Milton Teixeira. Todavia, frisa também o formato da Pedra – que lembra uma baleia quando vista de cima – para que o nome fosse definido.
Por muito tempo, a prática de caça às baleias foi realidade no mundo e no Rio de Janeiro. Contudo, no fim do século XVIII, a produção na indústria baleeira caiu drasticamente. Sobretudo devido à popularização da energia elétrica, com isso, o óleo do animal perdia uma de suas principais utilidades.
No entanto, a proibição permanente da caça de baleias só foi aprovada pelo governo brasileiro em 1987. Para se ter ideia de como não é uma situação tão distante assim, em 1981, Roberto Carlos lançou uma música pedindo a proteção das baleias. Teve clipe no Fantástico e tudo mais.
Mataram as baleias e no lugar encheram de côco a baía de Guanabara .
Um dos maiores armadores da pesca de baleia no estado do Rio foi o português Braz de Pina, aquele mesmo que virou bairro e uma importante avenida da Zona Norte.
Me deixa sem palavras os crimes ambientais cometidos na natureza no Rio de Janeiro. A Baía de Guanabara original era um ecossistema vivo e cheio de criaturas marinhas, mas foram tantos aterros sucessivos ao longo dos anos para a urbanização que limitaram as correntes de oxigênio da Baía. Extinguiram as praias de São Cristóvão e do Caju que eram praias paradisíacas! Caçaram tanto as baleias que hoje quase não vemos mais baleias na Baía. O ser humano é O PRINCIPAL RESPONSÁVEL por destruir a natureza. Não pensa a longo prazo, não pensa em conservação, dá nisso
Interessante saber q no centro da cidade baleias eram caçadas!!!
Mas era o que era,o preço do “progresso”…
Graças a Deus isso acabou,só alguns países ditos”de primeiro mundo” ou uma China q se comporta como gafanhoto ,q ainda fazem o massacre!!!