Sobre Eduardo Paes em 2011

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Eduardo PaesHoje, em seu ex-blog, Cesar Maia (DEM) fez alguns comentários sobre a atual política do Prefeito Eduardo Paes (PMDB) e suas repercussões em 2012. Acho que mesmo quem não é exatamente um fã de Maia é obrigado a concordar com suas palavras.

 

D)  2011: RIO-CAPITAL, POLÍTICA MUNICIPAL!
1.  A cultura política carioca, quando atropelada por candidatos majoritários, em todos os níveis, a resposta é dada nas urnas.  Os exemplos são muitos: Flexa Ribeiro, um paradigma. A atual prefeitura comete três pecados mortais contra a cultura política carioca: a) discrimina os servidores municipais e prestigia terceirizações e onganizações; b) confunde lei e ordem com repressivismo e assim humilha os pobres. Quanto maior a autoridade menor a necessidade do uso da violência. Repressão pela repressão é intimidação. A Alemanha dos anos 20 e 30 tem triste memória disso; c) a privatização da educação e da saúde, com gastos com OSs, ONGs, Empresas, Institutos e Fundações que somados já alcançam 3 bilhões de reais desde 2009. O Rio -desde o Império e depois como DF- é a matriz brasileira da educação pública e da saúde pública.

 

2. Pesquisa recente mostra que 61% dos eleitores cariocas no caso da Saúde e 59% no caso da Educação, acham que piorou ou nada melhorou na prefeitura do Rio nestas duas funções.

3. A imberbização da gestão municipal trouxe para o primeiro nível de proximidade com o prefeito, incluindo o próprio, pessoas sem nenhuma experiência de gestão. Com isso não há coordenação, não há acompanhamento, e as promessas e propostas se diluem, sem execução ou com enorme atraso. Restam as licitações de obras que são executadas por empreiteiros. Mas mesmo assim, a descontinuidade de empenho e liquidação, as interrompe sistematicamente.

 

4. A prefeitura se transforma numa patrocinadora de eventos para ter visibilidade e numa licitadora. O espalhamento político da administração municipal torna os acessos de raiva e faniquitos da autoridade superior, motivo de bazófias e perda de autoridade. Afinal vários secretários se sentem hierarquizados fora do prefeito, fora da prefeitura.

5. Do ponto de vista macro, o setor imobiliário que é o vetor empresarial-político dominante desde a Proclamação da República, e cujo poder e controle das decisões básicas da prefeitura são cíclicos, volta a comandar as decisões executivas e legislativas. Isso estressa as relações com os moradores e gera desgaste político. O único proveito eleitoral é o patrocínio eleitoral. 

 

6.  O caos no trânsito é a imagem dessa imberbização, da inexperiência e do descontrole. 66% dos cariocas acham que a situação piorou, piorou muito ou nada melhorou. Mesmo com ampla generosidade de boa parte da imprensa que não aplica a dialética governo- oposição, e com grande destaque para as promessas publicitárias que se sucedem como se fossem realidades, mesmo estando no palco apenas o prefeito, sua avaliação no último trimestre alcançou 35% e sua intenção de voto com projeção de cenários, fica abaixo disso.

7. Dessa forma em 2012 teremos no Rio eleições competitivas que serão decididas pela capacidade dos candidatos de fazer suas campanhas acertando adequadamente o alo.  Nesse sentido, nem o segundo turno está teoricamente garantido para o prefeito.  
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IBOPE MOSTRA PREFEITO DO RIO SEM CONDIÇÕES DE VENCER NO PRIMEIRO TURNO!

1. Quando este Ex-Blog fala de projeção de cenários, indica que os espaços eleitorais tendem a ser ocupados pelas candidaturas que são identificadas com as lideranças cariocas incluindo os nomes dessas ao lado dos candidatos que tem o mesmo perfil ou que apoiem.

2. IBOPE fez pesquisa e incluiu o nome de Crivella como candidato. Provavelmente não será, mas sua inclusão serve como projeção de cenários e indica o potencial de votos do prefeito candidato à reeleição. Um resultado medíocre, para quem é cercado de tamanha boa vontade pela imprensa.

 

3. IBOPE/BAND realizaram pesquisa para prefeito do Rio. Mesmo sem os nomes de Gabeira e Cesar Maia, e com a inclusão de Crivella (que não deverá concorrer, mas mostra a rejeição do prefeito, entre públicos diversos).

4. Na simulação IBOPE-incluindo Crivella como projeção de cenários, o atual prefeito tem apenas 36%, e os que não marcaram nenhum nome tem 34%.

 

5. A rejeição aos que governam é indicador coerente. O prefeito conhecido de todos tem 29% que dizem que não votariam nele de jeito nenhum. A rejeição deve abandonar as porcentagens dos que não conhece e corrigir essa mesma rejeição. A lógica é: não conheço…, não voto.

6. Concerto Clássico.

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