Marques: Vitórias distantes da polarização podem fazer emergir novos líderes

Para Mario Marques candidaturas vitoriosas distantes da polarização direita-esquerda podem fazer emergir novos líderes

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Foto de Element5 Digital no Pexels

O cenário, as pesquisas, a polarização exacerbada e o histórico das eleições presidenciais atestam: não haverá terceira via. Em 2022, caso não haja nenhuma intercorrência grave aguda de um lado ou de outro, a disputa será entre direita (Jair Bolsonaro) e esquerda (Lula), caso ambos estejam aptos. A sentença sobre nosso futuro, entretanto, abre um flanco alternativo: a ascensão de uma ala que não quer um e nem outro. Nesse sentido, para os que buscarão um mandato proporcional, para deputado ou senador, terão a oportunidade de firmar posição própria, firme e propositiva, negando ambos os lados. Mas isso não resolve o Brasil em que nos encontramos.

Os que se elegerem distante da polarização que mergulha o país no atraso terão um novo status para a possibilidade do início da construção de um modelo político mais adequado à democracia.

A direita, hoje representada por Bolsonaro, está fazendo um governo de birra, 100% focada nas eleições de 2022. Ignora as ações dos opositores, não tem diálogo com governadores e prefeitos que não compartilham de suas visões de mundo e tem um papel patético no momento mais difícil da história do Brasil – e da humanidade. Em quase 3 anos de mandato, Bolsonaro mostrou-se incapaz de se tornar o estadista que há muito precisamos, a despeito de muitas atitudes austeras de seu governo.

A esquerda, representada por Lula, pela classe artística e por uma boa parte do jornalismo brasileiro, tem o registro maligno da corrupção, materializado no desvio de bilhões de dólares para países socialistas e/ou parceiros dos ditames petistas. Afundou no mensalão, no petrolão e em várias e variadas manobras de enriquecimento ilícito de seus pares. Do lado canhoto, não há um só grito de insatisfação entre artistas e jornalistas – a maioria.

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Tanto direita quanto esquerda foram nocivos ao Brasil. Mas a questão, por fim, não é ideológica. É o sistema. Quando você assume um cargo público, já lá existe todo um mecanismo de desvios – e o seu tempo de permanência num governo diz o quanto você é cúmplice dos processos. Quanto menor seu tempo num governo, maior seu atestado de idoneidade. Porque o sistema não deixa você fazer seu trabalho da forma como você considera ser o correto. O sistema corrói as pessoas.

O Brasil, como está e como, ao que parece, não deixará de ser, pode trocar de presidente, à direita, à esquerda ou mesmo ao centro, que não dissipará o sistema. É preciso uma total reformulação política e administrativa.

A grande mudança que os brasileiros esperam é o fim de Brasília. Porque Brasília é uma cidade com um sem-fim de cargos, um sem-fim de esquemas, um sem-fim de mordomias, que se espelham nos governos país afora.

Enquanto houver Brasília não haverá Brasil.

Por enquanto, esperemos os novos políticos que emergirão afastados da direita e da esquerda.

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