Marques: O silêncio de Claudio Castro no caso de Bacellar x Garotinho

Para Mario Marques, ao se silenciar na briga pública entre Rodrigo Bacellar e Wladimir Garotinho, varre para debaixo do tapete valores importantes

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Claudio Castro e Rodrigo Bacellar

O silêncio do governador Claudio Castro em relação aos ataques de seu secretário de governo, Rodrigo Bacellar, à honra da primeira-dama de Campos, Tassiana Oliveira, encolhe alma, diminui sua estatura, derrama insensatez nos jardins do Palácio Guanabara. Ao lavar as mãos e fingir que não é com ele, isso fala muito mais do governador do que de Bacellar. Castro se diz católico, um abnegado de Deus, um homem de família. Mas, ao que parece, um homem apenas de sua própria família.

Neste domingo, Rodrigo Bacellar soltou uma “nota oficial”. Nela, em vez de pedir desculpas, o secretário de governo busca justificativas para inserir a primeira-dama num tema no qual ela não tem absolutamente nada a ver. No pior momento, ele diz que “não citei nenhuma informação que não seja de conhecimento público, mas, caso tenha se sentido ofendida, peço desculpas”. Em seguida, complementa com um “porém”, levantando mais justificativas. Alega que a Família Garotinho sempre ofendeu adversários.

Nunca antes na história desse país, nem quando o machismo era língua oficial do Brasil, um governante viu um personagem importante de sua estrutura atingir a honra de uma mulher sem que fosse ferido pelo comandante. Claudio Castro, em sua ambição pela reeleição, varre para baixo do tapete valores como educação e respeito, ao se desligar do que aconteceu neste fim de semana. Como se aquilo não tivesse ligação nenhuma com seu governo ou com ele. Lavou as mãos.

Em um comentário de quase 10 minutos na CBN na manhã desta segunda-feira, a jornalista Berenice Seara, minha colega no “Globo” nos anos 90, lembrou que políticos de todas as matizes condenaram o posicionamento de Bacellar.

Quase todos. Menos Claudio Castro. Para Claudio Castro, o mais importante é manter a sua fauna política unida.

Alguém precisa lembrar ao governador do estado do Rio de Janeiro que o eleitor vota em pessoas, não em políticos. Quando o político esquece que é uma pessoa, o eleitor também esquece dele.

Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.

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