Na manhã desta quinta-feira (07/10), ambientalistas, pescadores e profissionais do turismo se reuniram na porta de um hotel na orla da Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, em uma manifestação contra um leilão da Agência Nacional de Petróleo (ANP).
A ANP leiloa nesta manhã 92 blocos para a exploração de gás e petróleo nas bacias de Campos, Pelotas, Potiguá e Santos. O protesto leva em conta que 14 desses blocos estão próximos a áreas ambientais consideradas sensíveis e importantes para o ecossistema de recifes do Brasil. As informações foram divulgadas pelo portal de notícias “G1”.
Uma nota técnica do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) afirmou ser “temerária” a inclusão dessa área por causa da proximidade com Noronha e com a Reserva Biológica do Atol das Rocas, ambos berçários naturais.
“Considerando a propagação por longas distâncias de ondas sísmicas, a grande mobilidade de algumas espécies marinhas, a ação das correntes marítimas sobre a propagação do óleo e o histórico de invasão de espécies exóticas, associadas às atividades de exploração de petróleo e gás, toma-se temerária a inclusão dos blocos exploratórios da Bacia Potiguar”, disse o texto.
De acordo com os manifestantes, não há estudos conclusivos sobre o impacto ambiental dessa exploração e que qualquer vazamento poderia destruir esses patrimônios naturais.
Segundo a ANP, houve manifestação prévia dos ministérios do Meio Ambiente e de Minas e Energia, que seguiu as diretrizes ambientais e que os potenciais riscos e a viabilidade da exploração serão avaliados de maneira aprofundada durante o licenciamento ambiental.