Unir jogos, desenvolvimento e profissionalização. Esse é um dos objetivos do núcleo integrador de educação, eSports e entretenimento concebido pela startup BDS (Beyond Digital Sports), que vai chegar ao Rio de Janeiro, mais precisamente ao Riocentro, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. O objetivo do projeto é democratizar e profissionalizar o setor de games e eSports em todo o país.
Batizado de BDS Academy, o espaço é resultado de uma parceria entre a startup
e a multinacional GL Events e abrangerá mais de 2.800m² de área instalada. A proposta é ser um vetor de transformação social na cidade. A previsão é que, na segunda semana de novembro, a academia seja aberta em fase de testes apenas para comunidades de gamers parceiras e que, em dezembro, seja inaugurada para o público em geral.
O DIÁRIO DO RIO conversou com a Nayara Bitencourt, diretora executiva da BDS, e com Lucas Souza, mais conhecido como LKZ, um dos sócios fundadores e idealizadores do projeto, para entender melhor como funcionará a academia. Segundo eles, a ideia é ser um transformador massivo.
“A ideia é justamente ajudar, você, carioca, que está no Rio de Janeiro querendo entender como trabalhar nesse mercado de games ou querendo conhecer mais sobre ele”, disse LKZ
A academia terá salas para jogar e para treinamento, para quem pretende se tornar um jogador profissional; salas para educação financeira e empreendedorismo; salas sobre criação de conteúdo e influenciadores digitais; sala da área de pedagogia, para explicar como usar a indústria dos games na educação; arena de drones; cabine de streaming; arena de combate (mini arena competitiva para sentir na pele como é o espaço competitivo); simulador de realidade virtual; entre outros.
“Será um espaço com múltiplas experiências“, destacaram LKZ e Nayara, que reforçaram que existem mais de 50 profissões necessárias para o mercado de gamer acontecer, nas quais é possível se especializar.
O espaço não será apenas uma área para jogar, servirá também para profissionalização: “Não, não é uma lan house. A ideia não é ir lá só para jogar e se divertir, apesar de também ter espaço para isso. Mas vai ser para chegar na academia, entender como funciona nosso ecossistema, pensar em alguma teia de capacitação e espaço de introdução nesse mercado de games e conseguir utilizar essa infraestrutura para se profissionalizar“, explicou LKZ.
Mais que apenas ensinar, a empresa quer democratizar e dar acesso às pessoas. A entrada vai ser gratuita. Basta acessar o site e fazer o agendamento. Ao chegar à academia, o gamer encontrará um monitor para lhe encaminhar para a área escolhida.
“A gente quer democratizar o universo gamer. A gente quer que o cara com mais condição e o cara com menos condição se encontrem e que eles vivam a mesma realidade na BDS, tenham a mesma oportunidade para se desenvolver e que a gente seja, de certa forma, uma ferramenta social”, destacou Nayara.
A academia também vai realizar eventos. Para 2022, já são 70 eventos programados no Rio de Janeiro, alguns gratuitos e outros pagos. Essa, inclusive, é uma das ações de incentivo para o universo gamer.
“Faltam eventos de base, trabalhando de forma regional, apresentando as competições para a massa que não consome, para as pessoas conhecerem e se acostumarem a ver os games como esporte. Precisamos de produção de conteúdo e profissionalizar esse ecossistema, porque as pessoas não sabem que podem se profissionalizar nisso. Essa é nossa ideia, produzir esses conteúdos e esses eventos, para que as pessoas em geral entendam do que se trata“, explicaram LKZ e Nayara.