A ausência de guardas na guarita da entrada do Parque Estadual da Pedra Branca, em Vargem Grande, se tornou um problema. Isso porque muitos visitantes estão entrando no espaço com garrafas de vidro, animais domésticos, caixas de som e, no final, ainda deixam lixo por toda parte. Além disso, estão fazendo fogueiras e desrespeitando as trilhas e os limites das casas dos moradores do Quilombo Cafundá Astrogilda que existe na região.
De acordo com moradores, o lixo é todo largado nas margens do rio (que abriga a mais importante nascente da região).
No ano passado, moradores das redondezas do Parque e visitantes, com apoio de algumas empresas locais, realizaram uma arrecadação para a reforma da guarita.
O Instituto Estadual do Ambiente (Inea), responsável por destinar guardas ao Parque, alegava não poder enviar efetivo para guarita por motivos de segurança dos funcionários, já que a mesma encontrava-se em estado de abandono.
Como a obra foi concluída no dia 20 de outubro de 2020, agora, o pedido dos moradores da região e simpatizantes do Parque é para que, ao menos aos finais de semana, guardas fiquem apostos na entrada da guarita.
O Inea ainda não se pronunciou sobre o caso.
“Infelizmente o verão de 2020 foi marcado pela pandemia do Covid-19, mas isso na verdade contribuiu com o aumento pessoas interessadas em realizar atividades ao ar livre. Vivemos um verão caótico… Os moradores do Quilombo realizam semanalmente mutirões de limpeza do entorno das trilhas e das margens dos rios. Principalmente nas segundas-feiras. É um trabalho invisível, mas que impacta diretamente na vida dos moradores de Vargem Grande e da cidade do Rio de Janeiro”, disse Elisa Facó, moradora da região próxima ao Parque.