A Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro realizou, nesta quinta-feira (18), audiência pública para analisar as propostas orçamentárias de 2022 da Secretaria Municipal de Esportes, que contará um orçamento de R$ 166,2 milhões, em 2022, contra os atuais R$ 80,1 milhões aprovados em 2021.
Segundo o secretário municipal de Esportes, Guilherme Schleder, os principais investimentos da pasta estarão concentrados no programa Rio em Forma, com R$ 52,5 milhões, e nas vilas olímpicas, com R$ 54 milhões. O programa Bolsa Atleta, que será iniciado no próximo ano, receberá o aporte de R$ 1,5 milhão.
Schleder destacou que o programa Rio, Esporte e Movimento é um dos pontos estratégicos da secretaria, e contará com recursos de R$ 74,2 milhões em 2022. “O objetivo é resgatar o legado olímpico e otimizar o uso dos equipamentos esportivos sob responsabilidade do município”, explicou. O secretário também mencionou que estruturas olímpicas, como a Arena 3 do Parque Olímpico e o Parque Radical, que estavam fechados e sem contratos, devem voltar às atividades em 2022, após a realização de licitações até dezembro deste ano.
O vereador Tarcísio Motta (PSOL), no entanto, fez uma ressalva quanto ao aumento das despesas de pessoal e encargos sociais, de R$ 2,8 milhões para R$ 8,3 milhões. “Precisamos entender que aumento é este”, argumentou o vereador. Guilherme Schleder pontou, contudo, que, na gestão passada, a Secretaria de Municipal de Esportes tinha status de subsecretaria. “Voltamos a ser uma secretaria, e precisamos de pessoal para prestar um serviço melhor. Temos funcionários que foram cedidos e, em alguns casos, contratamos comissionados”, justificou. Ele esclareceu o aumento de R$ 17,5 milhões do Rio em Forma, aprovado em 2021, para R$ 52,5 milhões previstos em 2022. “São 500 núcleos espalhados pela cidade inteira”, destacou.
A retomada do programa Rio em Forma foi considerada positiva pelo vereador Felipe Michel (PP). “A volta do Rio em Forma é fundamental para a cidade. A cada R$ 1 investido no esporte há uma economia de R$ 3 na saúde”, contabilizou. Michel destacou também a importância da regulamentação de Lei Municipal de Incentivo ao Esporte (Lei nº 6568/2019), através da qual deverão ser concedidos aproximadamente R$ 6 bilhões para projetos esportivos com recursos do ISS ou IPTU.