Na sede do Sindicato dos Rodoviários, em Campo Grande, nesta terça-feira, 23/11, os trabalhadores vão se reunir em uma assembleia geral para debater sobre o dissídio do setor e as demissões programadas para o BRT. É possível que decidam por uma paralisação geral e por tempo indeterminado.
Algumas das principais reclamações são: os salários que foram reduzidos, os trabalhadores sem plano de saúde, e o fim da cesta básica e ticket alimentação.
O Sindicato lembra que em 2015 eram 35 mil rodoviários em atividade e, antes da pandemia, esse número passou para 24 mil. Atualmente, depois da pandemia e do encerramento das atividades de cerca de 15 empresas só na cidade do Rio de Janeiro, esse número caiu para 19 mil profissionais.
Sobre o BRT, a ideia da secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, que diz que para que o novo modelo de gestão do BRT funcione irá realizar a demissão e a recontratação dos atuais empregados, dando todas as garantias de quitação das verbas rescisórias e direitos trabalhistas, é vista como desastrosa pelo Sindicato.
Por isso, a direção enviou um ofício para a secretaria, cobrando que seja encaminhado para o Sindicato todas as informações sobre o modelo de gestão que será implantado no BRT, além das datas que os trabalhadores serão demitidos e contratados novamente.
Tá com cara de greve dirigida pelos empresários. Depois que a prefeitura resolveu assumir o Rio Card. Greve patronal.
Não existe transporte público no Rio de Janeiro. O transporte é pago pelo cidadão que faz uso dele. O transporte seria público se fosse oferecido através dos altos impostos que pagamos. Se o cidadão não tiver dinheiro para pagar a passagem, não faz uso dele. Quem mais ganha com as greves dos rodoviários são os donos das empresas, que repassam os valores para o preço das passagens.
A população sempre perde.
O transporte público no Rio de Janeiro está um caos,esta greve é necessária para que as autoridades vejam e passem a dar valor ao transporte público as pessoas que utilizam e aos funcionários, que ao final de contas também são cidadãos e também têm suas famílias para sustentar.