A Prefeitura do Rio de Janeiro assinou esta semana um decreto criando o ”Círculo do Valongo”, voltado a acompanhar e propor políticas públicas para a região do Cais do Valongo, na Zona Portuária da capital fluminense.
Trata-se de uma parceria da Secretaria Municipal de Governo e Integridade Pública (Segovi), por meio da Coordenadoria Executiva de Promoção da Igualdade Racial (Cepir), com a Secretaria Municipal de Planejamento Urbano (SMPU) e o Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH).
Ao todo, o grupo será composto por 24 representantes do poder público e da sociedade civil. Desde 2018, vale lembrar, o local é considerado Patrimônio Mundial da Unesco.
”O principal objetivo do Círculo do Valongo é a manutenção continuada de um fórum de diálogo, encontros e de aprendizado comum entre esferas de governo, instituições da sociedade civil ligadas ao movimento negro e, principalmente, a comunidade que dá vida ao entorno do Cais do Valongo. Se as pedras do cais são inertes, mesmo que simbólicas, são as pessoas que vivem ali que carregam a memória da ancestralidade e que indicam os rumos futuros”, afirmou o secretário municipal de Planejamento Urbano, Washington Fajardo.
O Círculo do Valongo será composto por 3 grupos: o Círculo Consultor, formado por conselhos e entidades da sociedade civil ligadas aos movimentos afro-brasileiros, que irão estabelecer diretrizes sobre as políticas relativas à região; o Círculo Executivo, formado por entidades dos poderes executivos municipais, estaduais e federais, que irão implementar as ações propostas; e o Círculo Protetor, formado por entidades internacionais, o Ministério Público Federal e a Cepir, com a função de fiscalizar as ações.