Esperando aprovação da Assembleia Legislativa (Alerj) para fusão das duas instituições, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) revelou já possuir recursos de aproximadamente R$ 50 milhões para aplicar na Fundação Centro Universitário da Zona Oeste (Uezo).
A intenção é criar uma sede própria, em Campo Grande, garantindo que a população local permaneça tendo acesso ao ensino público de nível superior. O projeto de lei 5.071/2 apresentado pelo Governo do Estado foi retirado da pauta de votação na última quarta-feira (01/12), após discussões entre deputados contrários à integração.
A proposta de incorporação foi apresentada pela Uezo à Uerj no mês de agosto, tendo em vista as dificuldades que a instituição vinha enfrentando desde a sua criação, em 2009. O projeto seguiu em debate em audiência pública, obteve pareceres favoráveis das comissões de Orçamento, de Educação, de Cultura, dos Servidores e de Ciência e Tecnologia da Alerj, sendo aprovado pelo Conselho Universitário da Uerj, em setembro.
Segundo a reitora da Uezo, Luanda de Moraes, os estudantes sofriam com a precariedade de sua estrutura física, bem como com a ausência de equipamentos e recursos educacionais necessários ao seu funcionamento satisfatório, correndo o risco de não resistir. ”Essa fusão significa um tratamento mais igualitário para população local, em relação às demais regiões atendidas pelo ensino público superior”, ressaltou.
Já o reitor da Uerj, Ricardo Lodi, afirma ser necessária a compra do novo imóvel, tendo em vista o fato da Uezo não possuir sede própria, funcionando nas dependências do Instituto Educacional Sarah Kubitschek, em Campo Grande.
”É preciso dar à Zona Oeste a importância que ela tem dentro da nossa cidade e do nosso estado, com a construção de um projeto sólido de universidade pública, gratuita, laica, de excelência e referenciada socialmente. O investimento será destinado para a compra do imóvel da Moacyr Bastos, bem como para as obras necessárias para o local”, defende Lodi.