“Centro de reciclagem de metais” toma calçada na frente de hotel de luxo em Copacabana

A calçada da esquina entre a rua Barão de Ipanema e Avenida Atlântica está cheia de alumínio, aço e lixo, tornando-se um verdadeiro centro de reciclagem de metais

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Mais uma vez, os moradores e turistas que passaram pela Avenida Atlântica, em Copacabana, foram pegos de surpresa por um problema que tem sido recorrente no Rio de Janeiro. A calçada da esquina da rua Barão de Ipanema com a Orla está cheia de alumínio, aço e lixo, tornando-se um verdadeiro centro de reciclagem de metais. “Além de feio, o barulho é ensurdecedor, ocorre 5 metros da minha janela!”, disse uma moradora idosa que reside ao lado.

O que ocasiona o problema é a situação dos recolhedores de material ilegalmente recolhido e sua sinergia com os ferros velhos, que estão agora acumulando detritos no logradouro público para recolher mais tarde, causando transtornos aos pedestres e moradores, assim como ao Hotel.

Uma mulher e um homem atuam na separação dos materiais, que são recolhidos por caminhões. “É um verdadeiro lixão na beira da praia de Copacabana. E a mulher é violenta, ao passar pra olhar o que estava fazendo tanto barulho na minha janela, gritou comigo e jogou pedras Portuguesas em cima de mim”, disse ao Diário uma mulher que se identificou como Moradora do edifício localizado ao lado do Hotel Pestana, em frente ao “centro de reciclagem” (sic).

No momento em que nossa reportagem chegou ao local, os “catadores” correram com seus carrinhos cheios de lixo, mas não conseguiram levar tudo, tamanha a quantidade de detritos, que certamente serão receptados mais tarde pelos ferros velhos itinerantes.

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Esta não é a primeira vez que o DIÁRIO DO RIO trata deste assunto. Em setembro, foi falado sobre como os ferros-velhos do Centro são a mola motora dos roubos e furtos de peças metálicas, denunciando que, em Copacabana, caminhões ficam estacionados em local estratégico com o intuito único de receptar o que é roubado, pagando por quilo, como se fosse um ferro-velho itinerante. O crime agora é cometido no quarteirão do restaurante Mondego e do Hotel Pestana, um cinco estrelas debruçado sobre a princesinha do mar.

Logo antes da reportagem estar no local, três guardas municipais foram tentar argumentar com a mulher, que aos berros “colocou todo mundo pra correr”, segundo Bruna Vieira, moradora das proximidades que presenciou a tentativa de ação dos guardas.

Enquanto isso, a mulher e o homem serravam metais e depenavam um aparelho antigo de ar condicionado bem na árvore onde crianças e idosos costumam sentar para vislumbrar o mar e a bonita decoração de Natal instalada pela Coca Cola e a Fecomércio na praia de Copacabana, que, neste trecho, é um ponto turístico bastante bem frequentado.

Copacabana e o Centro vêm sofrendo com o abandono e a informalidade, a ponto de uma verdadeira indústria de reciclagem ter se instalado na frente de um empreendimento em construção, assim como na rua Dias da Rocha. Moradores e Associações se queixam da falta de ação das subprefeituras. Ambos os casos foram, depois das reportagens, resolvidos.

O DIÁRIO DO RIO entrou em contato com a Secretaria de Ordem Pública da Prefeitura do Rio, mas, até o momento da publicação desta matéria, não obteve retorno.

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25 COMENTÁRIOS

  1. Nas zonas oeste e norte isso sempre aconteceu e nunca virou notícia… Esse pessoal da zona sul tem que se foder e deixar de ser mesquinho. Tem ferro velho na zona sul? Porque aqui na estrada do catonho e cheio e ninguém reclama. Vão se foder seus playboy do caralho

  2. Abriram o esgoto e os ratos saíram.
    Apenas umas poucas pessoas como você me parecem normais, Ingrid.
    Pena que tenhamos que conviver com essa gente que nunca foi gente.
    O papel deles deveria ser o de ajuda e acolhida a esses sem teto, nunca o nojo.

  3. Arranjem um emprego digno para que esses moradores de rua possam COMER, ao invés de apenas demonstrar tanto nojo a outros seres humanos que não tiveram as mesmas chances na vida que as senhoras.
    É essa burguesia que fede.

  4. Essa situação está errada!!
    Independente da pessoa que “administra” o negócio ter dificuldade financeira.
    Pois esse tipo de ação incentiva os roubos desenfreados, sem impunidade, de itens alheios. Inclusive o acúmulo de descartes inapropriados.
    Que a prefeitura intervenha o mais rápido possível. Senão vai dar ruim futuramente.

  5. O real problema é tratar como errado o fato disso ocorrer em frente a classe media/alta, e não essa galera precisar se machucar, se cortar e ter mãos calejadas pra ter o que comer… Inversão completa de valores.
    Só vira um incômodo quando a burguesia ouve da sua janela…

  6. A tomada desenfreada dos espaços públicos começa pela própria Prefeitura junto com a Região Administrativa. Se fomos andar pelo calçadão da orla da Av. Atlântica um número crescente da utilização indevida de equipamentos públicos municipais para atender a publicidade privada que impede a circulação do cidadão no seu direito de ir e vir.

    Quando o próprio vereador vota para tipificar essa prática (crime) e assim, desrespeitando o próprio Plano Diretor quanto a aplicação do uso do solo, infelizmente, é isso que vamos encontrar. Então, quando não há fiscalização, só vamos encontrar o caos completo com o direito de cada um se apossar uma parte deste latifúndio.

    A partir que se tirou o direito da polícia militar de inibir esse tipo de prática, a guarda municipal serve como um órgão paliativo de proteção ao patrimônio público. Enquanto, os privados no que tange, a rede de hotelaria, restaurantes, os quiosques… Tem mais que aceitar, pois são os primeiros a fazerem lobby para defenderem os seus interesses econômicos junto com a Prefeitura e a Câmara de Vereadores para a ocupação dos espaços públicos.

  7. Quanta imbecilidade… Vcs acham que com a miséria alcançando cada vez mais pessoas (sim, pessoas) o infeliz que está lá catando ou roubando material pra vender está preocupado que está incomodando a senhora de altas posses que vive no prédio? A senhora quer conforto, e tem direito disso, mas o outro quer tirar o que comer desse “negócio” como declarou alguém anteriormente (como se fosse um esquema milionário), não é bloco de carnaval ou qualquer manifestação de alegria é a pobreza fazendo barulho. O pagamento da sociedade por não assistir as pessoas em situação precária é sim o sujo, o feio, o desconforto, a insegurança e o pior de tudo, ver que a apatia é o que define o Brasil.

  8. As classes menos (cada vez menos) favorecidas desta cidade está largada.. . a economia não “gira”, a renda da classe média num declive total.. . a oligarquia ñ se importa, ela não mergulha no mar de “copabanana”.. . vai a Miami.. . vive da(s) mamata(s) e afins.. . ao menos esses humildes proletários independentes estão a busca do pão de cada dia… da dignidade cada vez mais indigna.. . Uma hora isso tem que acabar de vez, a rebeldia e a anarquia por motivos óbvios irão se apresentar a um nível jamais visto.. . e quando a “massa” descer para as ruas.. . Saberemos refletir o abandono dos menos favorecidos.. . Hasta la Victoria siempre, venceremos!!!

  9. O pior é que se sabe que esses locais, são sempre próximos daqueles onde se furtam tbm os materiais metálicos, latinhas são a fachada do negócio, ñ vê quem ñ quer.

  10. Se fosse no Manguinhos, se fosse na Maré, esse panfleto elitista voltado pra classe média mais medíocre do mundo teria feito essa “reportagem”? Novamente não fala absolutamente nada da realidade do país. Pode acreditar que no dia que o povo estiver no poder, panfleto como esses serão derrubados.

    • Se gosta tanto de defender, pega esse pessoal que realiza um serviço sem licença, um serviço que incentiva a criminalidade, pessoas que arremessam pedras em moradores e que perturbam o silêncio, a segurança e a paz, e leva pra sua casa.

  11. eu não sei o que estar acontecendo que ate agora o prefeito junto com o governador do rj nao fecharão todos os ferros velho . e vergonhoso o cidadão tendo encanamento furtado portao
    fiacao furtado tudo para ser vendido na calada da noite.

  12. Não é só na zona sul, aqui na Tijuca na Rua Carvalho Alvim depois da Rua Uruguai seguindo para o final as amendoeiras estão arrebentando as calçadas e as entradas dos prédios, já vieram ver e nada fizeram.

  13. Ainda na orla, porém outros bairros, em Botafogo se vê pessoas em situação de rua ao longo da ciclovia que vai de Copacabana, pegando Botafogo à Glória, passando pelo Parque do Flamengo.
    No trecho da Rui Barbosa, na Enseada de Botafogo, tem eles queimado fio entre as pedras e usando drogas. Junto às passagens de um lado ao outro das pistas, especialmente no Flamengo, no trecho também da Rui Barbosa, fizeram suas barracas e tomaram conta. Inclusive até na área próxima à área de marombeiros tem algumas árvores com bancos para quem gosta de contemplar a vista na sombra que estão tomados porque fizeram barracas. Está tudo uma imundície a cidade! Largo do Machado, Catete, Glória, também com áreas muito mal cuidadas…

  14. Esse jornal é uma vergonha para todos os jornalistas que tem um mínimo de preparo para exercer a profissão. Preconceituoso, mesquinho, parcial e inútil! Matéria paupérrima e irrelevante. A primeira frase já é medonha. Vão estudar e ser gente por dentro para escrever em público! Passam vexame só, vocês.

  15. Desordem urbana, raiz da nossa decadência. O barquinho vai, a tardinha cai… enquanto tudo for na Bossa, vai continuar tudo a mesma Bos*a.

    Em tempo: é notícia porque é Copacabana. Em Ricardo de Albuquerque não fere ao jornalista.

  16. Só no RJ mesmo pra uma marginal colocar os guardas pra correr aos berros. O pior é que se amassar uma dessas escórias na pancada, vai vir vagabundo de tudo quanto é canto filmar o dizer que são vítimas da sociedade.

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