O jeito de ser do carioca é famoso em todo o Brasil e mundialmente. Sem dúvida, qualquer expectativa vinda de fora a respeito de um comportamento padronizado reflete um estereótipo e poucas pessoas se encaixam plenamente nele, seja onde for.
Nem todo carioca ama a praia, ri de si mesmo, faz amigos em cada barzinho, sabe da vida dos vizinhos ou gosta de futebol. Ou seja, não existe apenas um jeito de ser daqui, nem todo mundo que nasce no Rio é um perfeito Zé Carioca.
Acontece que a parcela de verdade que todo estereótipo traz em si comprova que os comportamentos, se não são padronizados, muitas vezes manifestam elementos comuns.
É impossível negar que algumas características do espírito do Rio de Janeiro perpassam a todos nós, afinal, é preciso aprender a desenvolver certas habilidades para conviver em harmonia com os conterrâneos.
Quem já passou algum tempo fora do Rio sabe: O carioca estressado, lá, é calmo, pois os de lá são mais nervosos ainda. O carioca antipático, lá, é sociável, pois os de lá são mais fechados ainda. O carioca chato, lá, é divertido, pois os de lá são mais sem graça ainda.
Seja em Ipanema passeando pela Visconde, em Irajá jogando futebol na pracinha, na Tijuca batendo papo no barzinho, em Santa Cruz sentado na frente de casa com os vizinhos, em Copacabana jogando frescobol, na Barra comprando no shopping, em Campo Grande comendo na lanchonete da esquina ou no Méier andando de bicicleta domingo na Dias da Cruz, sempre há alguma leveza e pelo menos um pouco de camaradagem intrínseca.
O carioca tem muitos jeitos de ser, mas todos eles, somados, são um só.