No Rio, 32% dos jovens cariocas não trabalham e nem estudam

Dados foram apontados em pesquisa inédita da JUVRio

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Foto: Reprodução

Foi publicado pela Secretaria Especial da Juventude Carioca (JUVRio) o relatório do Perfil da Juventude Carioca, uma pesquisa amostral que buscou retratar os aspectos sociais, educacionais, econômicos e territoriais dos jovens cariocas atendidos pela pasta. Os dados foram organizados pela Coordenadoria de Informac?o?es e Monitoramento da Juventude a partir do Banco de Dados Consolidado da Juventude Carioca (BDCJC) no qual constam informações sobre 2.115 jovens de 14 a 29 anos mapeados pela Secretaria no ano de 2021 de todas as regiões da cidade do Rio de Janeiro.

A pesquisa oferece uma análise do histórico das políticas públicas voltadas à juventude carioca e do perfil socioeconômico do público alcançado pela JUVRio em 2021. Foram analisados questionários respondidos pelos jovens durante a abertura de vagas em cursos, oficinas e demais atividades da secretaria, respeitando os princípios estabelecidos pela Lei Geral de Proteção de Dados. Dentre os territórios nos quais a pesquisa foi realizada, foram respondidos questionários físicos e foi feita a coleta de dados de comunidades como: São Carlos, Cidade de Deus, Penha, Engenho da Rainha, Tijuquinha, Complexo do Alemão e Gamboa.

Pesquisa aponta dados percentuais sobre a juventude do Rio

Foram abordados na pesquisa os seguintes eixos: faixa etária, identidade de gênero, identificação étnico-racial, orientação sexual, deficiências, distribuição territorial, escolaridade, aspectos demográficos e socioeconômicos, acesso à internet, filhos, trabalho e renda e acesso a serviços e programas sociais.

Do total de jovens analisados, constatou-se que 60% são da faixa entre 18 e 24 anos, seguida de 14 a 17 anos (27%) e 25 a 29 anos (13%). Na distribuição de gênero, 53% do total de jovens são mulheres cisgênero, 43% homens cisgênero e 4% preferiram não declarar. Também foram mapeados jovens de outras identidades de gênero, sobre as quais 31% se declararam não-binários, 29% como homens transgêneros, 20% como mulher transgênero, 14% como gênero fluído e 6% como outros gêneros.

Na distribuição étnico-racial, baseadas nas classificações do IBGE utilizadas para o Censo Demográfico, 38,4% dos jovens que responderam à pesquisa se autodeclararam como da cor/raça preta; 34,7% pardos; 22,3% brancos; 1,9% amarelos; 0,9% indígenas e 1,8% não desejaram declarar. Em uma pesquisa anterior da JUVRio, em 2021, no Boletim Juventude em Dados: Segurança Pública apontou que 36% dos homicídios na cidade do Rio de Janeiro ocorreram em jovens de 15 a 29 anos, sendo o maior entre os intervalos de idades. Desses, 76% vitimaram jovens pretos e pardos.

Da amostra estudada, a maioria dos jovens cursa o Ensino Médio, representando 71% do total, seguidos dos que cursam Ensino Fundamental (17%). Os jovens que já acessaram o Ensino Superior representam a menor parcela (12%). Quando se fala de trabalho e renda, percebeu-se que 32% dos jovens não trabalham e nem estudam, sendo enquadrados como jovens nem-nem. Dos demais, 49% estuda e não trabalha, 12% trabalha e não estuda e 7% trabalha e estuda. A maioria dos mapeados (64%) declarou fazer parte de família com renda média de até um salário mínimo mensal.

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