O Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB), afirmou que acredita que não deveriam ocorrer protestos durante a Jornada Mundial da Juventude. A justificativa apresentada pelo Prefeito é sui generis: O Papa Francisco nada teria a ver com os problemas vividos pelos cariocas e também não teria relação com os governantes brasileiros. Sendo assim, não seria justo que ele fosse alvo de protestos.
Mas quem foi que disse a Eduardo Paes que Francisco seria o alvo dos protestos? O alvo seria a gestão dele mesmo, Paes, que investiu bastante dinheiro na realização de mais esse grande evento enquanto as mazelas cotidianas dos cariocas continuam sem solução.
“Não sei se ele tem culpa pelos 20 centavos, pela eventual corrupção da política brasileira ou pelos dias que os deputados trabalham ou não”, disse o atual Prefeito carioca. Realmente o Papa Francisco não pode fazer muito sobre esses temas. Eduardo Paes, por sua vez, é quem deve garantir o menor preço possível para o transporte dos moradores do Rio, além de fazer parte do PMDB, partido que pode influenciar decisivamente o debate sobre a ética na política.
Para completar a declaração que deveria não ter sido feita, o Prefeito disse que só restaria ao argentino Jorge Mario Bergoglio, nome de batismo do Papa Francisco, perdoar os políticos que admitissem seus pecados. Pois já estão dizendo nas redes sociais que Eduardo Paes marcou conversa com o Papa para realizar suas diversas confissões.