Dados da consultoria imobiliária Newmark, divulgados pelo jornal O Globo, mostram que as locações de escritórios de alto padrão no Rio de Janeiro passaram por reações positivas no quarto trimestre de 2021. O setor tinha sido impactado pela pandemia da Covid-19, por conta de uma inicial ampliação do sistema de trabalho em home office, tendência que, segundo especialistas, vem se reduzindo.
Segundo o levantamento, este teria sido o primeiro crescimento na ocupação desses espaços desde o início da pandemia de Covid-19, um cenário animador para os investidores do setor. O departamento de locações comerciais da Sergio Castro Imóveis, consultado pelo Diário do Rio, confirmou as informações através de nota e divulgou que a atual taxa de vacância dos comerciais na região Central é, hoje, da ordem de 36%.
A empresa destacou, em nota, que os empreendimentos de alto padrão mais procurados são os da região do Porto Maravilha, que já tem vacância menor que a do Centro Histórico. “O trabalho em home office inibe a criatividade, reduz a eficácia do trabalho em equipe e o número de empresas flexibilizando o que inicialmente parecia ser o futuro é grande”, afirmou a nota.
Entre as empresas instaladas em território carioca, foram 141 mil m² que foram ocupados com novas locações de escritórios de alto padrão ao longo de 2021 (com 34 mil m² alugados no último trimestre, principalmente no Centro, Barra da Tijuca e Botafogo). Mesmo com a pandemia, o resultado ficou acima da média anual de 125 m² registrada a partir do início da série, há cinco anos.
Provavelmente os locais não ficarão desocupados. Serão mais empresas, menores, mais pulverizadas e pagando menos. Mas muita empresa que queria estar na Almirante Barroso vai poder estar agora.