O Corpo de Bombeiros Militar do Paraná se juntou à força-tarefa coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro no resgate às vítimas do desastre de Petrópolis e trouxe o iniciante cão Oss, que é um dos 44 cachorros que integram o trabalho das equipes de bombeiros de 16 estados da federação na cidade serrana. Somando à equipe do RJ, são 54 animais se revezando nas buscas.
O condutor do Oss, o cabo Rafael Souza Vaz, do Corpo de Bombeiros do Paraná, está acostumado a atuar em desastres. Ele participou do trabalho de resgate em Brumadinho (MG) junto com um outro animal. Desta vez, a responsabilidade está com Oss e ele está realizando um bom trabalho como militar, segundo seu condutor ele está sendo ágil, “o trabalho do Oss está sendo satisfatório, pois ele já identificou um possível local de busca, de interesse”.
O tenente do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, Willian Pellerano, chefe de Operações do canil do 2º Grupamento de Socorro Florestal e Meio Ambiente (2º GSFMA), em Magé, também foi destacado para atuar nas ações de resgate. Segundo ele, o apoio dos cães é fundamental nas ações. “Os animais são treinados e são muito importantes, pois, a gente consegue ampliar nossas frentes de trabalho e dar uma resposta mais rápida na localização de vítimas para que, assim, os bombeiros possam trabalhar, escavar e retirá-las”, explicou. Ainda de acordo com o tenente Pellerano, que é condutor do labrador Apolo, cachorro e bombeiro formam uma dupla e a sinergia entre eles é fundamental para o trabalho, já que é através da mudança de comportamento do animal que o bombeiro irá saber que o local é uma área sensível e que vitimas podem estar nela.
Outra equipe que está ajudando nas buscas e resgate é a do Ceará. Com três cães, os militares chegaram na madrugada de sexta-feira. Assim como o ser humano tem limitações físicas, os cães também possuem, precisam de um repouso de 12 horas e uma boa alimentação. Tantos animais são fundamentais na localização de vítimas, como explicou o condutor da labradora Nala, de três anos, o capitão Eliomar Alves, “os cães do Rio de Janeiro são especialistas no assunto, muito bons e com uma equipe muito qualificada. Só que pelo tamanho do desastre, sabíamos que chegaria o nosso momento de vir, pois assim como nós temos uma carga horária de trabalho, o mesmo acontece com os cães. Eles também fazem um trabalho extenuante: andar na lama e usar o faro o tempo todo é um esforço físico e mental muito grande’’, detalhou.