Os drones vêm se mostrando equipamentos essenciais para a busca por desaparecidos e na sinalização de riscos geológicos. Capazes de fazer imagens de qualidade altíssima, a uma altura de até três quilômetros, o mapeamento realizado pelas unidades não-tripuladas compara o cenário atual das estruturas geológicas com imagens prévias de satélite. A sobreposição das imagens permite entender o percurso que uma casa arrastada possa ter feito, tornando possível a identificação de pontos de interesse, onde é provável que haja desaparecidos. Após essa identificação, fica mais fácil encaminhar as equipes de busca, sejam bombeiros da corporação, a tropa canina ou máquinas de trabalho.
O drone utilizado é o UAS (Sistema de Aeronave Não-Tripulado) Matrice 210, com capacidade de zoom de até três quilômetros e uso de câmera térmica. O equipamento também está sendo utilizado no monitoramento de rios, realizando voos mais lentos e técnicos, com capacidade de melhor identificação de possíveis vítimas ou detritos. De acordo com o major Danilo Teixeira, o equipamento é uma tecnologia de estratégia. “Existe um potencial enorme para auxiliar as equipes de campo, evitando que entrem em risco e permitindo um maior planejamento de ações”, contou o major.
Atualmente a operação do Corpo de Bombeiros conta com três drones da Coordenadoria de Veículos Aéreos Não-Tripulados – COVANT. Assim que o drone observa alguma atividade suspeita em rios, por exemplo, logo é acionada uma equipe de mergulhadores.
“Os drones conseguem chegar em locais que nossas guarnições, mesmo via terrestre, não conseguem. E como a imagem é em alta resolução, ela consegue dar detalhes do terreno. Essa análise cria novos pontos de trabalho para que as nossas equipes possam chegar onde não saberiam que tem ali uma estrutura ou até mesmo uma vítima”, complementa o major Fábio Contreras, porta-voz do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro.