É triste ver pessoas inocentes morrendo pelos foguetes, tiros, bombas na invasão da Rússia à Ucrânia. O presidente russo age contra um país vizinho, de laços históricos com o seu, sem nenhum limite ético, moral ou humano, destruindo vidas, famílias e um imenso patrimônio cultural que levou séculos para ser construído. Com razão, a maioria das nações do mundo tem repudiado Putin e seu comportamento sanguinário e covarde, massacrando o povo Ucraniano, que, ou morre ou resiste ou foge para nações vizinhas.

A guerra visível é mais chocante.

O nosso país vive em guerra permanente. No Brasil, nas últimas décadas, tivemos em média 50 mil mortos por arma de fogo, sendo esse número ainda maior, devido à subnotificação enorme.

Uma guerra que é também um massacre social e racial, se levarmos em consideração, que 92% das vítimas são pobres e negros, além de jovens moradores das periferias das regiões metropolitanas do Brasil.

Um país onde falta moradia para 20 milhões de pessoas, sendo que mais de 500 mil moram nas ruas. Gente morrendo de fome, em um dos países com maior produção de alimentos do mundo. Quase 20% da população desempregados ou desvalidos,
sendo enorme o número de brasileiros que não estuda e nem trabalha.

Vivemos uma guerra invisível aos olhos de muitos, que preferem não ver ou esconder a sociedade extremamente desigual que construímos. As ruas estão cheias de pedintes, querem esmola, na nação onde 5 bancos tiveram no ano passado R$ 81 bilhões de lucro líquido.

A desigualdade também mata, de forma silenciosa e permanente, e vai fazendo o abismo cada vez maior. O inimigo aqui não usa armas, mas se aproveita do comportamento covarde dos dirigentes da nação nas últimas décadas, que naturalizaram a transferência de renda do governo e dos pobres para um grupo de ricos, cada dia mais ricos.

Essa é a nossa guerra.
Essa é a guerra que nós cidadãos brasileiros precisamos vencer o mais urgente possível.

Advertisement

Receba notícias no WhatsApp