Putin quer colocar a Rússia na posição da antiga União Soviética. Não se trata de ideologia; se trata de poder.
A idade e – segundo rumores – o estado de saúde de Putin criaram um senso de urgência em suas ações.
E acontece o seguinte: Putin tem acesso à mesma mídia e às mesmas redes sociais que todos nós.
Ele observa a transformação do ocidente em uma cultura decadente, mimada e dependente, ressentida com seu próprio passado e dividida por etnia, ideologia e hiper sexualização.
Para as atuais lideranças ocidentais, declarar adesão às bandeiras lacradoras do movimento progressista se tornou mais importante do que entender e defender as bases da prosperidade e da liberdade do ocidente.
A obsessão em sinalizar virtude a qualquer custo demoniza, corrompe e destrói os dois braços armados de defesa das nações ocidentais: a polícia e as forças armadas.
Putin viu isso acontecer durante anos.
Durante esses anos Putin fez vários movimentos ameaçadores.
O ocidente, ocupado demais em lacrar e censurar a si mesmo, não respondeu a essas provocações.
Percebendo a enorme fratura que se abriu, Putin usou as armas poderosas da desinformação e da infiltração cibernética para posicionar a Rússia como defensora das tradições, e a si mesmo como religioso e conservador.
Circulam na internet vários vídeos em que o líder russo dá sermões nas elites ocidentais. Nenhum desses vídeos é acidental.
Incrivelmente, Putin atraiu a simpatia de desinformados.
E, quando achou que a oportunidade havia chegado – depois de uma epidemia originada na China, que colocou o ocidente de joelhos – Putin atacou.
Este é um artigo de Opinião e não reflete, necessariamente, a opinião do DIÁRIO DO RIO.