Uma operação integrada por órgãos do Governo do Estado realizada na manhã desta quinta-feira, 10/03, conduziu quatro kombis que atuavam como ferro-velho em Copacabana, Zona Sul da cidade do Rio. Os veículos eram itinerantes e circulavam pelas ruas do bairro, em péssimo estado de conservação e com diversas outras irregularidades. Participaram da ação, Superintendência da Zona Sul (SEGOV), policiais da 13ª DP (delegado Felipe Santoro) e agentes do Copacabana Presente (comandante Cap. Rosemberg).
Além das kombis, os agentes também apreenderam um grande caminhão baú que servia como depósito do material irregularmente coletado e ficava estacionado na Rua Domingos Ferreira, entre Constante Ramos e Barão de Ipanema, bem atrás do Hotel Pestana Rio Atlântica. Conforme recente publicação do DIÁRIO DO RIO. O caminhão é velho conhecido dos moradores, pois recolhe material de procedência duvidosa coletado por “burros sem rabo”e moradores de rua, além de todo o tipo de lixo, e funciona como uma espécie de ferro velho na quadra da praia de Copacabana. Sempre parado na frente da entrada de serviço do Hotel, se tornou uma referência em receptação e compra de todo o tipo de lixo, que, quando não interessa, é atirado às ruas.
“Recebemos diversas denúncias de que alguns produtos comercializados são sem procedência e fruto de usuários de drogas. Fizemos um levantamento que culminou com a operação de hoje” afirmou Marcelo Maywald, superintendente da Zona Sul (SEGOV), uma função dentro do Governo Estadual que foi criada recentemente e que, segundo comerciantes e moradores da região, vem apoiando muitas iniciativas de ordem pública.
Os veículos com os produtos e seus condutores foram conduzidos para a 13ª DP para averiguação e para investigação. A operação percorreu as principais ruas do bairro: Santa Clara, Domingos Ferreira, Barão de Ipanema, Constante Ramos, Av. Nossa Senhora de Copacabana, entre outras vias, e foi uma reação há muito esperada às denúncias dos moradores, associações de moradores e do próprio DIÁRIO DO RIO, que vem publicando uma série de reportagens sobre o assunto.
Foram constatadas irregularidades em todos os veículos e aplicadas infrações por guardas municipais do GET, por problemas tão diversos quanto IPVAs atrasados, equipamentos de som irregulares, péssimo estado de conservação (algo comum a todas estas kombis que recolhem lixo) e até mesmo condutor sem habilitação. Alto falantes também foram apreendidos na ação, e eram usados para anunciar, aos berros, a compra e receptação de lixo pelas ruas do bairro.
O DIÁRIO DO RIO vem publicando matérias denunciando problemas ligados aos ferros-velhos por toda a cidade.
A reportagem e operação estão totalmente equivocadas, primeiro que nenhum dos mencionados compram lixo! Segundo que não se pode generalizar os compradores e catadores de receptar roubo e contribuição para os usuários. Inúmeros catadores e famílias dependem dessa atividade, fora a contribuição que os mesmos fazem pra cidade destinando esses materiais para reciclagem. Impedidos, toneladas desses materiais irão para os aterros, poluindo ao invés de preservar. Apurem melhor os fatos e tentem ver por todos os ângulos, apurando os fatos e não sentenciando!
Claramente se percebe que o objetivo dessa ação é a higienização do bairro. Eles não estão preocupados com quem depende destas atividades para se sustentar. Não percebem que impedindo o trabalho dessas pessoas, mais moradores de rua vão surgir, já que não terão outras formas de sobreviver.