‘Bem-vindes caloures’: Cartilha para novos alunos da PUC usa ‘linguagem neutra’

Material com o erro de português foi lançado na semana passada e vem sendo distribuido para os estudantes que estão ingressando na universidade, pelo DCE.

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Diretório Central dos Estudantes da Pontifícia Universidade Católica PUC-Rio (DCE- PUC-Rio) criou uma cartilha na chamada “linguagem neutra”, voltada para alunos recém-chegados à instituição. O material – com o proposital erro na língua portuguesa – informa logo na capa: “Bem-vindes, caloures” (sic).

A tal “linguagem neutra” ou “não-binária”, é uma espécie de “protesto” que visa evitar o uso dos gêneros tradicionalmente aceitos pela sociedade (masculino e feminino). Segundo quem defende a idéia, tornaria a comunicação mais inclusiva. Tem sido usada com alguma frequência nos meios artísticos e de “esquerda”.

Lançado na semana passada, o documento também orienta os alunos a aderirem a manifestações dentro da universidade.

Confira a capa da cartilha:

WhatsApp Image 2022 03 15 at 09.47.49 'Bem-vindes caloures': Cartilha para novos alunos da PUC usa ‘linguagem neutra’
(Foto: Reprodução Redes Sociais)

O DCE PUC-Rio também tem um perfil no Instagram com diverosos posts em linguagem neutra. Ao pedir que os alunos baixem a cartilha, o diretório publicou: “Sou caloure da PUC. E agora?” (sic).

Veja a publicação:

A PUC-Rio informou, sobre o erro de português proposital, que “o material foi produzido pelo diretório acadêmico (DCE), entidade estudantil, que representa os estudantes dentro da Universidade” e “não se trata de um documento institucional”.

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9 COMENTÁRIOS

  1. Que tal ser consistente na estupidez então:
    Pontifície Universidade Católique de Rie de Janeire.
    E pq parar aí?! Ter a palavra Católique no nome será “opressivo” e “ofensivo” aos não católicos e ateus…

  2. As intenções por trás das aspas

    O texto não critica abertamente a conduta do DCE, mas o uso das aspas expressa bem a opinião do autor. Por exemplo, “linguagem neutra” não precisaria vir entre aspas, pois parece desdenhar a intenção do DCE ao adotar o recurso ortográfico. E a intenção é boa, é justa. Na sociedade que mais consome pornografia transsexual no mundo, e também que mais mata e violenta transsexuais no mundo, estamos diante de um problema muito grave. Demonstra algum tipo de “esquizofrenia social” brasileira. Homens que transam com travestis às escondidas, e depois querem matá-las. Conflito interno por inadequação ao modelo católico de monogamia vitalícia heterossexual é normal, mas partir para a agressão ou assassinato é patológico.

    Além disso, o autor usou: “não-binária”, “protesto” e “esquerda”. Ou seja, se você desacredita ou desdenha do outro, coloque-o entre aspas, certo?

    Particularmente, não gosto dessa alteração da língua. Não considero este artifício de usar “es” no final como forma significativa de inclusão, mas está escancarada a urgência da causa. Faltou sensibilidade e postura jornalística para considerar a intenção do DCE, mesmo que se discorde da alteração ortográfica. Lembrando ainda que o DCE foi alvo de ataques de por causa desta cartilha. Espero que este veículo não seja canal para discursos de discriminação ou ódio.

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