De acordo com a análise do Instituto Rio21 dos dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), homicídio doloso foi o tipo de letalidade violenta mais registrada no município do Rio de Janeiro em 2020. Nesse período foram contabilizadas cerca de 957 ocorrências.
Em seguida, morte por intervenção de agente do Estado foi a segunda forma de letalidade violenta mais comum: 415 casos foram registrados. No entanto, apesar do número ser altíssimo, representa menos da metade da quantidade de homicídios dolosos catalogados.
Também são consideradas letalidades violentas: latrocínio e lesão corporal seguida de morte, que tiveram 33 e 15 ocorrências registradas, respectivamente.
Quanto aos meios empregados que ocasionaram na morte das vítimas, o mais comum foi uso de arma de fogo. Cerca de ¾ dos casos ocorreram dessa maneira.
Em contraste, morte ocasionada por uso de arma branca representa apenas 4,4% das ocorrências de letalidade violenta registradas no Rio de Janeiro em 2020.
No geral, as vítimas desses crimes são homens. Apenas 5,8% das vítimas são mulheres.
Além disso, as vítimas costumam ser pardas (51,2%) ou pretas (28,7%). Juntas, somam cerca de 80% dos casos de letalidade violenta.
Por fim, as vítimas também tendem ser jovens. Metade das pessoas que sofreram com letalidade violenta no Rio de Janeiro em 2020 tinham entre 18 a 29 anos.
Com base nesse levantamento de dados, a Prefeitura do Rio de Janeiro pode direcionar seus esforços ao combate à letalidade violenta. Homens jovens, pardos ou pretos, são os principais alvos de homicídio doloso, morte por intervenção de agente do Estado, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, de forma que as medidas de prevenção devem ter como foco os membros desse grupo.