Maior escola de idiomas do mundo atrai brasileiros com método criado por um disléxico, transtorno que afeta o aprendizado

Carioca diz que em dois meses aprendeu mais do que anos de estudo no Brasil

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Aprender uma segunda língua pode ser fácil para alguns e muito difícil para outros. Especialmente para aqueles que têm alguma questão de aprendizado, como os disléxicos – transtorno que compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com correção e fluência. Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), esse é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula e atinge entre 5% e 17% da população mundial. Ou seja, para esse grupo de alunos é praticamente impossível aprender uma outra língua fora do país de origem.

Foi a partir desta ideia que em 1965 o sueco Bertil Hult, disléxico e sem nunca ter conseguido ler um livro, por causa das dificuldades linguísticas que apresentava, criou a EF Education First, hoje a maior instituição de educação privada do mundo.  Ao passar uma temporada em Londres, percebeu que a imersão é o melhor caminho para se aprender um idioma. Especialmente para aqueles que têm algum problema no processo de aprendizado.

Se os anos 2020 e 2021 foram os que mais proporcionaram impacto negativo para o setor ligado ao intercâmbio, turismo e viagens, por causa do coronavírus, a crise passou quase que despercebida na EF. Desde novembro de 2021, os cursos para início em janeiro estavam lotados na maior parte das 600 unidades espalhadas pelo mundo.            

Com um método que foca na experiência do aluno dentro e fora da sala de aula, onde o ensino acontece naturalmente sem que o aluno sofra no processo, o intercâmbio passou a ser o sonho de vários estudantes brasileiros que costumam enfrentar dificuldades nos tradicionais cursos de inglês disponíveis no país.

Pedro Avelar, 16 anos, carioca da Barra da Tijuca e diagnosticado com dislexia aos 13, se matriculou para passar 9 meses estudando inglês da unidade da EF em NY. Para ele, aprender um idioma era uma missão praticamente impossível e dolorosa. “Eu não conseguia aprender nem ‘the book is on the table’”, ri o jovem que após 2 meses de imersão já esta conseguindo falar as primeiras frases: “Eu não consigo ler, então, preciso estudar por vídeos. Eu não sei como, mas o método deles em sala de aula faz com que eu consiga aprender e a reter a informação na minha cabeça. É claro que eu ainda tenho mais dificuldades que os outros, mas a minha evolução aqui tem sido enorme. Não somente no idioma, mas na minha independência também”, reconhece.

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Heloísa Paixão Cardo, paulista, 23 anos, estudante de Radio, TV e Internet queria ter uma experiência internacional e escolheu a EF pela proposta da experiência: “Eu durmo e como no campus da escola. É como se eu estivesse vivendo um sonho americano, sabe? O tempo inteiro você fala em inglês. Vai ser uma experiência que vou levar pra minha vida”, diz.

Já a veterinária Isabel Maeda, 28 anos, natural de São Paulo, aproveitou para tirar uns meses sabáticos do trabalho para se aprimorar. “Sou apaixonada por línguas e o método da EF me chamou a atenção. Eu já tinha uma boa base, mas queria melhorar a minha fluência. Passei 5 meses num intensivo fazendo amigos de toda parte do mundo. Minha próxima viagem, aliás, já está marcada para o Rio de Janeiro. Vou ficar na casa de uma amiga que conheci nessa experiência e que mora na cidade.”

Para Cristiane Bianco, Diretora da EF Brasil, um dos motivos do sucesso da EF “é que oferecemos programas que não se restringem somente a melhorar as habilidades linguisticas de nossos alunos, mas também melhorar sua autoconfiança, inteligência cultural e independencia. Estar imerso em um idioma 24 horas por dia é muito mais do que apenas um curso de idioma – você tem a possibilidade de interagir com os locais, você vive o idioma”, explica ela.

 Ainda segundo a executiva, a EF envia milhares de estudantes de diferentes partes do mundo, o que traz um ingrediente muito especial no mix de nacionalidade de todas as escolas.

Com o dólar mais baixo, a procura por esse tipo de experiência aumentou ainda mais. A executiva explica ainda que o aprendizado de um idioma em um curso regular no Brasil leva em torno de 4 anos a um custo médio de R$ 80.000. “Faz as contas. Com a EF o aluno avançará um nível a cada 6 semanas de curso, que é equivalente a 1 no de curso no Brasil por um custo médio de R$9.500.”

A mãe do Pedro, Carolina Avelar, que o diga: “A dislexia é um transtorno que afeta demais o processo de aprendizado. Contratei até professor particular e não vi nenhum avanço. Fui fazer as contas e percebi que se investisse o valor de 4 anos de curso em 9 meses de imersão, o resultado seria muito mais assertivo. Em pouco tempo, meu filho já está conseguindo falar pequenas frases. Ele começou no primeiro livro e já está passando para o segundo. Isso em menos de 2 meses de curso. Sem dúvida, é uma vitória”, conta ela.

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Renata Granchi
Renata Granchi é jornalista e publicitária com mestrado em psicologia. Passou pela TV Manchete, TV Globo, Record TV, TV Escola e Jornal do Brasil. Escreveu dois livros didáticos e atualmente é diretora do Diário do Rio. Em paralelo, presta consultoria em comunicação e marketing para empresas do trade.

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