O ex-governador Anthony Garotinho falou na manhã desta quarta-feira sobre a anulação das provas da Operação Chequinho pelo ministro do STF Ricardo Lewandowisk.
“Esse processo todo foi uma perseguição política”, disse Garotinho. “Ninguém pode ser condenado por uma folha de papel sem timbre, supostamente elaborada numa secretaria. É um absurdo. Estamos há seis anos esperando justiça. Minha família sofreu muito. E muita gente acreditou nessas invenções”.
Um trecho da decisão de Lewandowski aponta alguns dos erros do processo.
“Como se nota, à míngua da realização de perícia no computador da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social de Campos dos Goytacazes/RJ, de onde foram extraídos os dados impugnados, constata-se facilmente que não é possível assegurar, com segurança e de forma indene de dúvida, a autenticidade dos elementos informativos coligidos por meio de um pen drive”.
Prefeito de Campos, Wladimir Garotinho também se pronunciou em seu Instagram: “Só quem viveu sabe os dias de medo, angústia, solidão e cárcere. Fica só uma pergunta: quem vai pagar pelos danos morais, físicos, emocionais e, até mesmo, políticos? Destruíram vidas, famílias e tentaram exterminar um grupo político inteiro por brigas que extrapolaram o limite da ética e da moralidade, e que terão sequelas infinitas”.
Ao anular a decisão em relação a um dos acusados, o ex-vereador Thiago Ferrugem, fica aberto o caminho para a extensão da decisão a todos os envolvidos no caso.