Andréa Nakane: A Delícia que Representa o Rio

Colunista do DIÁRIO DO RIO fala sobre uma iguaria culinária representativa do Rio: a feijoada

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Na hora de associar uma iguaria culinária representativa do RIO é impossível não pensar nela. Prato que combina ingredientes, que por si só, é formado pela base da alimentação do povo brasileiro, ganhou sotaque carioca e democraticamente é encontrado em todos os tipos de empreendimentos de alimentação, do mais simples, até mesmo os mais refinados.

Sim… estamos falando da saborosa Feijoada, um prato elaborado com uma mistura com feijão preto e carnes de boi e de porco., acompanhada de arroz branco, couve refogada, pedaços de laranja, farofa e vinagrete. Há ainda aquelas composições que acrescentam banana milanesa, aipim frito e até mesmo torresmo à pururuca.

A origem dessa receita de sustância tem algumas histórias que o cerca, todas com fundamentações. Uma delas está ligada diretamente a culinária portuguesa, com o seu famoso cozido, que chegando por aqui foi adaptada com ingredientes da terra.

Outra versão está relacionada a saga dos escravos que foram trazidos do continente africano e vivenciaram condições perversas para sua sobrevivência, nas quais inclusive existia racionamento do próprio alimento, fomentando a busca por meios de nutrí-los, assim, os escravos teriam criado o prato aproveitando as sobras de comida da casa-grande, que incluíam partes descartadas do porco, consideradas pouco nobres, como pés, orelhas e rabo. 

Seja a origem que for, o que é incontestável é sua plena sinergia com as ambiências cariocas, seja servida à mesa dos luxuosos restaurantes dos hotéis ou na simplicidade dos botequins, da zona norte à zona sul.

Outra especificidade da Feijoada é a sua combinação perfeita com diversos gêneros musicais, seja nas animadas rodas de samba, na cadência envolvente do chorinho e até mesmo do funk.

E no acompanhamento de bebida, ela também demonstra toda sua versatilidade, sendo bastante democrática, mas ganhando mais pontos com a caipirinha, genuinamente tupiniquim, com cachaça. Um casamento que deixa muitos extremamente felizes com sua total sinergia de sabores.

Todo dia deveria ser dia de Feijoada, mas o hábito de saborear a iguaria ficou mesmo mais concentrado nas quartas-feiras, até em versão reduzida ou executiva e aos sábados onde reina absoluta.

E hoje sendo sexta-feira, já nos permite ficar animados, porque, amanhã, é dia da gula não ser controlada e abrirmos nosso sorriso e estômago para a delícia que tão bem nos representa.

Uma Feijoada Maravilhosa para todos nós!!!

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entrar grupo whatsapp Andréa Nakane: A Delícia que Representa o Rio
Andréa Nakane é carioca, apaixonada pela Cidade Maravilhosa, relações públicas, professora universitária, Doutora em Comunicação Social e Mestre em Hospitalidade.Embaixadora do RJ. Vive há 20 anos em Sampa e adora interagir com pessoas singulares que possam gerar memórias afetivas construtivas.

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