Em mais uma análise a respeito do setor imobiliário, o Instituto Rio21 investigou dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que divulga os Indicadores do Registro Imobiliário de algumas capitais e outros municípios brasileiros. Além disso, foram analisados dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, organizados através de alguns bancos de dados da instituição. A análise faz um mapeamento das transações de compra e venda de imóveis nos últimos anos no contexto fluminense, de forma geral, e carioca, em particular.
Após 7 anos sem apresentar níveis consideráveis de crescimento – e por vezes apresentando taxas de queda -, o número de transações de compra e venda de imóveis na cidade do Rio de Janeiro voltou a crescer em 2021. É o registro mais alto desde 2014:
Olhando em mais detalhes para o ano de 2021, notamos que o número de transações se manteve relativamente constante ao longo do ano, apesar dos números mais baixos em janeiro e fevereiro. Nota-se, ainda, que os meses com maiores números de transações foram agosto e dezembro: o mês de agosto ultrapassa a casa das 5.400 transações e dezembro fica atrás por apenas 20 registros:
No caso dos dados coletados e divulgados pelo Banco Central, a análise mostra que, no que diz respeito aos valores das transações de compra e venda de imóveis no estado do Rio de Janeiro, os imóveis costumam ser vendidos por valores menores do que são avaliados:
Os dados analisados atestam um bom desempenho do mercado imobiliário carioca em 2021. Apesar da pandemia de COVID-19, que impos uma série de limitações e desafios do ponto de vista financeiro, o setor alcançou o número de transações de compra e venda de imóveis mais alto desde 2014. Os piores desempenhos, que ainda estão longe de serem ruins, ocorreram logo no início do ano de 2021, em janeiro e fevereiro. Depois disso, os números se mantiveram relativamente estáveis, com picos em agosto e dezembro.
A análise sugere que o mercado imobiliário vive um bom momento e permite aventar que a performance se mantenha – ou, quem sabe, até melhore – em 2022.