Tornou-se tradição nas praias do Rio de Janeiro nos últimos anos o uso de caixinhas de som entre os seus frequentadores. Normalmente em grupos, os banhistas gostam, quando estão em suas barracas ou cadeiras, de ouvir suas músicas de preferência em seus respectivos aparelhos individuais. Essa prática, porém, pode estar com os dias contados.
Isso porque o vereador Rafael Aloisio Freitas (Cidadania) elaborou um projeto de lei complementar (PLC) que proíbe a utilização de caixas de som portáteis, equipamentos eletrônicos ou quaisquer outros dispositivos que emitam sons nas areias cariocas.
O PLC, número 077/2022, será votado em breve pelos demais parlamentares da Câmara Municipal do Rio e, se aprovado, irá para sanção ou veto do prefeito Eduardo Paes (PSD).
Vale ressaltar que, caso realmente entre em vigor, quem for pego utilizando tais aparelhos sonoros será advertido apenas verbalmente num primeiro momento. No entanto, caso a mesma pessoa seja flagrada cometendo tal ato, será multada em R$ 1 mil.
”Tal medida extrema se faz necessária para coibir recorrentes excessos cometidos por alguns frequentadores das praias que, por total falta de bom senso ou mesmo por ausência de civilidade, exageram no volume e perturbam o sossego, o silêncio e o lazer dos demais frequentadores”, argumenta Rafael Aloisio em sua justificativa.
Opiniões divergentes
Inegavelmente polêmico, uma vez que há tanto pessoas favoráveis às caixas de som quanto outras contrárias, o assunto foi abordado pelo DIÁRIO DO RIO há exatamente um mês, através do jornalista Felipe Lucena.
O banhista Lucas Costa, por exemplo, afirma gostar de música nas praias. ”Eu coloco meu som e fico relaxando pegando sol. Não incomoda ninguém, mas, se incomodar, abaixo o volume, desligo”, diz.
Já Renato Almeida, frequentador da Praia do Recreio, na Zona Oeste, e que não simpatiza tanto com a situação, relata um momento de tensão vivido recentemente: ”Eu estava na praia e tinha um grupo de pessoas com o som muito alto. Eu pedi, numa boa, para que diminuíssem, mas eles disseram que a praia era pública e que, se eu estivesse incomodado, que saísse de perto.”
Tânia Machado, por sua vez, apreciadora da Praia de Ipanema, na Zona Sul, afirma que é possível chegar-se a um denominador comum. ”Acho que tudo pode ser resolvido com bom senso. Se todo mundo respeitar o espaço e os direitos dos outros, dá para a gente conviver tranquilamente com as caixinhas e com quem prefere ouvir mais o som do mar”, opina.
Sou mineiro e adoro o Rio de Janeiro! Infelizmente notei que não é só o carioca que faz isso, mas também o turista! Tive que mudar de lugar na praia por duas vezes porque havia turistas colocando a maldita música sertaneja em volume alto, como se todo mundo gostasse desse gênero musical. Sair daqui de Minas para ouvir música sertaneja alta em praias do Rio de Janeiro é melhor ficar em casa. Tomara que essa lei seja aprovada e aplicada!
Multa não resolve, tem que recolher e destruir, de preferência na hora. Faca e martelo, acaba o altinho e a zoeira
Esse povo que leva som pra praia é igual ao que leva o cachorro, churrasqueira, vai armado. Não acredito que vá resolver.
Eles vão rasgar a multa e dá com a Caixa de Som na cabeça do Guarda Municipal.
Tem que confiscar, multar e levar o bagunceiro pra delegacia.
Sou carioca, mas o povo carioca é muito mal-educado e violento! Quem leva para praia essas caixas de som (tem algumas com mais 50 cm de altura) não tem o mínimo de bom senso! E caso você peça que diminuam o volume, desprezam e debocham sem o mínimo receio… lamentável… Viver aqui se tornou um desafio diário à nossa integridade física e moral!
Se aprovado vai ser mais uma lei que não vair aplicada pelos agentes. Lembremo-nos de quando era proibido cachorros na praia….
Povo mal educado
Isso nem precisava de lei
Caixa de som em público não precisaria nem de lei se tivéssemos um povo. O carioca, o fluminense simplesmente não conseguem se comportar.
Já passou da hora, se estiver perto de mim com um som baixo eu nem me incomodo, mas se for farofeiro com som alto, peço a primeira vez, se tiver que pedir a segunda eu já mostro a quadrada na cintura.