Anta Jasmim, doada em 2020, tem bebê no Parque Estadual dos Três Picos

Imagens capturadas pelo Projeto ANTologia mostram Jasmin e o bebê, caminhando à noite pela floresta

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As equipes dos projetos ANTologia, Guapiaçu e Refauna, que trabalham com reintrodução e monitoramento de fauna e reflorestamento de áreas de Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro estão em festa. Às vésperas do Dia da Anta, comemorado em 27 de abril, eles descobriram um novo bebê da espécie Tapirus terrestris caminhando pelas matas do Parque Estadual dos Três Picos, na Região Metropolitana. Ele é o primeiro filhote da anta Jasmin, nascida no zoológico de Guarullhos (SP) e solta na reserva em outubro de 2020, quando tinha um ano e meio de idade.

Imagens capturadas pelo monitoramento feito pelo Projeto Antologia patrocinado por Furnas (veja o vídeo abaixo publicado no youtube do jornalista Ancelmo Gois), mostram Jasmin e o bebê, nascido provavelmente no mês de janeiro, caminhando à noite pela floresta.

Esse é mais um momento incrível para o projeto. É o terceiro filhote que nasce na natureza nessa região, sinal que a reintrodução está caminhando bem. Os animais só conseguem se reproduzir quando o ambiente é adequado para eles”, diz o professor do IFRJ Maron Galliez, coordenador da reintrodução de antas.

A espécie de anta da qual Jasmim faz parte foi extinta há mais de 100 anos no Estado do Rio de Janeiro devido à caça predatória e ao desmatamento e sua reintrodução na região dos Três Picos teve início em 2017, com a chegada de três animais. Devido à parceria entre os projetos Guapiaçu (patrocinado pela Petrobras e pelo Governo Federal) e Refauna, foram devolvidos ao seu habitat natural 14 antas e já há registros de que outros dois filhotes nasceram livres na região. Apesar de seis animais terem morrido, os restantes estão adaptados e contam com o apoio, inclusive, dos moradores do entorno da reserva.

O objetivo da parceria entre os projetos é restaurar as relações ecológicas perdidas com o desaparecimento de mamíferos silvestres na Mata Atlântica. Conhecidas como “jardineiras da floresta”, as antas têm uma dieta que inclui frutas de diferentes tamanhos e uma enorme habilidade de dispersar sementes. Devido ao seu grande porte, necessitam de uma quantidade elevada de alimento e percorrem extensas áreas. Por isso, são capazes de favorecer a regeneração florestal. A longo prazo, esse movimento garante segurança hídrica e aumenta o sequestro de carbono atmosférico, combatendo o aquecimento global.

Assim, acreditam os pesquisadores, será estabelecida uma população viável destes animais que, com o tempo, se dispersarão pelo Parque Estadual dos Três Picos e outras áreas adjacentes, colonizando a região mais densamente florestada do estado, o Mosaico da Mata Atlântica Central Fluminense.

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