A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) volta a participar do OTC Houston 2022 – maior feira de tecnologia offshore do mundo –, após 2 anos de ausência em decorrência da pandemia de Covid-19. A feira tem como objetivo atrair novos players internacionais para atuarem no Rio de Janeiro. Apesar de o OTC ser voltado para o desenvolvimento dos projetos de petróleo e gás em mar, o grande destaque deste ano está concentrado nos temas: Transição Energética, Descarbonização e Novas Energias, que representam mais da metade dos painéis previstos no Congresso.
A Firjan ressalta que o estado detém a expertise para o desenvolvimento de projetos no offshore, com potencial para avançar na produção e processamento do gás natural, além de consolidar uma matriz energética mais limpa. O estado conta também, segundo a Federação, com centros de inovação voltados para a pauta de energia, como o Instituto SENAI de Inovação em Química Verde.
Para o presidente da instituição, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, o gás natural deve ser colocado a serviço do desenvolvimento da indústria petroquímica e da transição energética tanto em nível estadual quanto federal.
“A Firjan considera ser indispensável dar notoriedade às aplicações e tecnologias do gás natural para colocá-lo a serviço do desenvolvimento da indústria petroquímica e da transição energética tanto no estado do Rio quanto no país”, destacou Eduardo Eugênio.
Um dos estandes mais concorridos é o da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (ONIP), no Pavilhão Brasil, onde a Firjan, a Firjan SENAI e a Firjan SESI estarão presentes, de 2 a 5 de maio. É, na ONIP, que foi organizada pela ApexBrasil, que representantes da Federação e das principais empresas de óleo e gás do mundo vão se reunir, além de realizarem visitas a centros de pesquisa de desenvolvimento e inovação.
Durante a sua participação no evento, a Firjan demonstrará que o estado do Rio de Janeiro possui o melhor mix de oportunidades ligadas aos setores de gás, óleo e outras energias renováveis, com mais de 45 projetos potenciais para investimento. E a Federação fluminense tem dados potentes para convencer os investidores. Atualmente, o estado produz 85% do petróleo e 71% de gás do território nacional. Com isso, o Rio vislumbra atrair mais de US$ 60 bilhões em investimentos na exploração e produção de petróleo e gás, além de investir nas infraestruturas necessárias para o processamento do gás natural.
Mas o potencial de investimentos capitáveis não para por aí. Há ainda um novo conjunto de aportes para aumento da produção em campos maduros por parte das novas operadoras que compraram essas áreas da Petrobras. Tais empresas são de médio porte e têm desenvolvido projetos que fortalecem a cadeia produtiva local. O estado do Rio conta atualmente com mais de 10 projetos potenciais de energias renováveis – entre eólicas em mar e unidades de hidrogênio verde. Há também 3 unidades de processamento de gás natural (UPGN), 2 terminais de GNL (gás natural liquefeito), 2 rotas de escoamento e 8 gasodutos de transportes.
Ainda de acordo com Firjan, o Rio de Janeiro concentra vários hubs promissores ligados ao gás natural. Um deles é o de Macaé, que será potencializado com uma nova rota de escoamento: a Rota 5. Há inda o hub Itaboraí-Maricá, com a integração do Polo GasLub com a Reduc. A região industrial Itaguaí-Santa Cruz, já atendida pela rede de distribuição de gás, possui um potencial hub; o Porto do Açu, que já conta com planta de importação de gás, também é outra promessa, apesar de ainda não ser integrado ao restante do sistema de gás canalizado
Durante a OTC Houston 2022, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro fará visitas técnicas e encontros empresariais com objetivo de identificar oportunidades e potencializar os projetos que entrarão em operação no estado, como as 10 novas plataformas de produção de petróleo previstas para entrar em funcionamento até 2025. O potencial de sinergia entre os hubs de gás natural fluminense também serão foco de atenção da representantes de indústrias do Rio.
