Orçadas em R$ 2 bilhões, o Governo do Estado do Rio dá início às obras da Estação de Tratamento de Água (ETA) Nova Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Nesta etapa, será feita a terraplanagem da área de mais de 390 mil m², onde será construído o complexo. Um muro de proteção com 4 mil metros de extensão também será construído no local. As obras, que foram divididas em 4 etapas, serão executadas por empresas diferentes, conforme estabelecido nas licitações.
A expectativa é de que a Nova Guandu produza mais de 12 mil litros de água tratada por segundo, contando com o maior reservatório da empresa: o Marapicu, cuja capacidade é de 53 milhões de litros de água. A estação está sendo construída em um local estratégico, próximo à ETA Guandu – maior estação de tratamento contínuo do mundo -, e abastecerá Nova Iguaçu, Duque de Caxias, Belford Roxo, Queimados, Mesquita, Nilópolis, São João de Meriti, Rio de Janeiro, Japeri, Seropédica e Itaguaí. Mais de 3 milhões de pessoas serão beneficiadas.
O governador do Rio, Cláudio Castro (PL) celebrou o início das obras. Para ele, a Nova Guandu trará mais investimentos para o Estado, além de beneficiar a população fluminense.
“É parte da reconstrução do Estado do Rio de Janeiro. O Novo Guandu é um dos frutos do sucesso do leilão da concessão de saneamento, que trará investimentos de R$ 32 bilhões. A outorga fixa, que ajudará o estado e municípios a fazerem mais investimentos, ultrapassa R$ 24 bilhões. Os impactos positivos para a população serão históricos, levando-se em conta, especialmente, a inclusão de milhares de pessoas em melhores condições de vida”, destacou o chefe do Executivo estadual.
A Baixada Fluminense também será beneficiada por obras no setor de abastecimento, com o objetivo de dar mais estabilidade à região durante o verão. A Cedae construirá 3 novas estações de tratamento 100% automatizadas nos 5 mananciais do Sistema Acari: Tinguá, Xerém, Mantiquira, São Pedro e Rio D`Ouro, que fornecem aos municípios de Nova Iguaçu e Duque de Caxias em média 3,3 mil litros de água por segundo.
A ETA Guandu também passará por um processo de modernização, orçado em R$ 800 milhões destinados à compra de novos equipamentos, reformulação do Centro de Controle Operacional (CCO), reforma das instalações, modernização dos filtros, melhora no sistema de limpeza dos decantadores, substituição de válvulas, e de monitoramento.
A estação também contará com tecnologia para o controle de qualidade e análise da água tratada na ETA Guandu: o microscópio invertido Axio Observer 5, referência na geração de imagens em alta resolução. O sistema de fotodocumentação, realizado pelo microscópio, facilitará a identificação de micro-organismos, com destaque para as cianobactérias.
Leonardo Soares, diretor-presidente da Cedae, ressaltou que a companhia está focada em abastecer os habitantes do Rio com uma água de boa qualidade, para isso, não mediu esforços para a modernização das estações e compra de equipamentos de última geração.
“A Cedae está focada na qualidade da água, e hoje o nosso desafio é garantir isso por meio de medidas assertivas que já estão sendo adotadas, como a instalação do sistema de bombeamento que diminui a temperatura da água para dificultar a proliferação das algas, as obras de modernização e automação da ETA Guandu e a aquisição de modernos equipamentos para o Laboratório de Qualidade da Água,” disse Leonardo Soares